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Polícia investiga outra quadrilha de cambistas no Rio

Não apenas uma quadrilha internacional de venda ilegal de ingressos da Copa teve integrantes presos no Rio durante o Mundial, mas duas - que têm ligações entre si. Além do grupo do qual faziam parte, segundo a polícia, Lamine Fofana e o CEO da Match, Raym

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 29.07.2014, 20:12:01 Editado em 27.04.2020, 20:10:58
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Não apenas uma quadrilha internacional de venda ilegal de ingressos da Copa teve integrantes presos no Rio durante o Mundial, mas duas - que têm ligações entre si. Além do grupo do qual faziam parte, segundo a polícia, Lamine Fofana e o CEO da Match, Raymond Whelan, outra quadrilha foi identificada, esta só de estrangeiros. A polícia teve nas mãos o homem apontado como líder do esquema. Prendeu, indiciou por crime leve de cambismo e soltou. O inglês, ao que tudo indica, já fugiu do Brasil.

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James Sinton é CEO da britânica THG Sports, acusada pela Match de vender ilegalmente ingressos e os chamados pacotes de Hospitalidade (camarotes) da Copa. A parceira da Fifa detém exclusividade na venda dos pacotes. Após denúncia da Match à polícia, Sinton foi preso em flagrante vendendo ingressos dentro do hotel Sofitel, em Copacabana, em 17 de junho - antes da Operação Jules Rimet, que prendeu Fofana em 1º de julho. Com Sinton e um norte-americano, agentes da Delegacia Especial de Atendimento ao Turista (Deat) apreenderam 59 ingressos.

Ao contrário dos presos na Jules Rimet - operação de outra delegacia, a 18ª DP -, o inglês foi somente autuado pelo artigo 41-F do Estatuto do Torcedor (vender ingresso acima do "valor de face") e liberado. Não há processo contra ele no Tribunal de Justiça. Já os presos da outra quadrilha (Fofana, Whelan e dez brasileiros) são acusados de seis crimes, como associação criminosa e lavagem de dinheiro. Todos, à exceção de um, que responde em liberdade, continuam presos.

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Nesta terça-feira, o chefe da equipe de fiscalização da Match, Imran Patel, que trabalhou em conjunto com a polícia para a prisão de Sinton, garantiu ter passado à Deat todas as informações a respeito da atuação da THG e da investigação própria que a empresa conduz sobre o grupo. Procurado desde a semana passada pela reportagem, o delegado titular da Deat, Alexandre Braga, não quis falar.

Segundo o presidente da Match, Jaime Byrom, a THG consegue há anos driblar a legislação de vários países. A empresa é ligada ao grupo Marcus Evans, que possui mais de 60 escritórios pelo mundo.

Segundo as investigações, Sinton é ligado a outros três ingleses presos pela mesma Deat em 21 de junho, também após denúncia da Match. Roger Leigh, Desmond Lacon e Henry Jenkins foram detidos negociando ingressos no Copacabana Palace. Um quarto suspeito, John Killick, conseguiu fugir e já deixou o Brasil. Em depoimento à polícia, Jenkins contou que Killick se comunicava com Sinton. Na planilha encontrada com Leigh, segundo a polícia, aparecem "siglas das empresas de James Sinton e Marcus Evans (a controladora da THG Sports)".

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CONEXÃO - Policiais da 18ª DP identificaram uma conversa entre Lamine Fofana e Roger Leigh, na qual o primeiro negocia um débito de US$ 10 mil com o segundo. Para a polícia, Leigh era um dos fornecedores de Fofana.

Há outra conexão entre os dois grupos: com ambos foram apreendidos ingressos em nome da Jet Set Sports, dos Estados Unidos. Em nota, a empresa informou que "não sabe" como os ingressos chegaram a Fofana e Leigh. O presidente da Match acredita que a culpa não é da Jet Set e informou que continuará negociando com a empresa. Procurados, THG e Marcus Evans não responderam.

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