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Promotoria e Vigilância Sanitária inspecionam o Quarteirão da Cultura

Após solicitação do prefeito Beto Preto (PT), a Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, a Vigilância Sanitária e o Observatório Social vistoriaram o prédio ainda em fase de construção do centro cultural Quarteirão da Cultura, na manhã desta sexta-f

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 26.01.2013, 00:09:00 Editado em 27.04.2020, 20:35:02
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Após solicitação do prefeito Beto Preto (PT), a Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, a Vigilância Sanitária e o Observatório Social vistoriaram o prédio ainda em fase de construção do centro cultural Quarteirão da Cultura, na manhã desta sexta-feira (25), em Apucarana. Conforme foi apurado, o edifício anexo ao Cineteatro Fênix, na Avenida Curitiba, apresenta irregularidades como equipamentos abandonados e ausência de higienização. “O edifício fica no centro da cidade, próximo a outros estabelecimentos. Através de perícias técnicas vamos decidir se a área deve ser interditada”, disse o Promotor de Justiça Sérgio Migliari Salomão.

Segundo o representante do Ministério Público (MP), o prédio está abandonado há mais de quatro anos. “O local apresenta grande incidência de pombos. Isso é extremamente perigoso à saúde da população”.

O superintendente do departamento de Vigilância Sanitária, Aguinaldo Aparecido Ribeiro, verificou as condições em que o edifício se encontra e constatou que o local está propício à disseminação de zoonoses - doenças de animais transmissíveis ao homem. “Em todos os andares encontram-se fezes além de aves mortas em estado de decomposição". Segundo ele, o risco de contaminação é muito alto. Para entrar no imóvel foi necessário que todos colocassem máscaras cirúrgicas, pois as fezes dos pombos contaminam o ar e podem provocar danos à saúde como a psitacose, doença infecciosa transmitida pela ave.

De acordo com Ribeiro, outro problema preocupante está na área de cobertura onde os técnicos da vigilância encontraram poças de água com larvas de mosquito. "Ainda não podemos afirmar se é dengue. Coletamos material para analisar qual o tipo do mosquito", explicou.

Beto Preto acompanhou toda a inspeção e lembrou-se das campanhas de combate ao aedes aegypti. "Não podemos cobrar uma atitude consciente da população enquanto um prédio municipal permanecer neste estado de calamidade".

Mesmo com a obra não finalizada, equipamentos como ar condicionado e a mobília já estão no local. O Diretor da Fundação Cultural (Funcap) Ednei Mansano, disse que é há possibilidade de alguns equipamentos não funcionarem. "Essa é a marca do descaso que os antigos gestores nos deixaram". Abandonado em uma sala na cobertura do prédio está o primeiro projetor de cinema do município. "É um objeto histórico e está aqui jogado em meio às fezes dos pombos", lamenta. Os móveis foram acomodados no térreo dentro de uma sala no final do corredor. "Precisamos conferir se não está faltando nada", disse o diretor da Funcap.

Conforme o superintendente da Vigilância Sanitária, Aguinaldo Aparecido Ribeiro, a estrutura do prédio também deve ser avaliada “Também vamos verificar em conjunto todas as instalações do prédio. Pode haver uma interdição temporária para que os problemas sejam solucionados”, afirmou.

O prefeito Beto Preto informou que as primeiras medidas serão tomadas imediatamente para que não haja risco de contaminação. Preto não informou o prazo para finalização e inauguração do Quarteirão da Cultura. “Após limpar o local, vamos entrar em contato com a secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano e o Governo do Estado para mostrar estado de calamidade em que o prédio se encontra e pedir ajuda”, concluiu.

A obra foi iniciada oficialmente em 2007, durante a gestão do ex-prefeito Valter Aparecido Pegorer. Na época uma licitação no valor de R$ 1 milhão foi autorizada para a construção do centro cultural em Apucarana. A obra deveria ter sido finalizada em menos de um ano, mas a empreiteira que venceu a licitação conseguiu estender o prazo de entrega. Em 2010, a empresa decretou falência e a obra não foi concluída.

No ano passado, o Governo do Paraná liberou mais R$1,2 milhão para que a prefeitura terminasse a obra. Com isso, uma nova licitação foi aberta, mas quase um ano depois as obras no quarteirão foram novamente paralisadas.

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