O juiz José Roberto Silvério, da 2ª Vara Criminal da Comarca de Apucarana, negou hoje (18) o pedido de autorização para saída temporária do Centro de Detenção e Ressocialização (CDR) de Londrina do ex-presidente da Câmara de Vereadores, Alcides Ramos Júnior (DEM), para tomar posse no Legislativo Municipal pela segunda vez. Alcides se reelegeu no pleito de outubro do ano passado com mais de 2,6 mil votos, mas depois teve a prisão preventiva decretada após ser denunciado pelo Ministério Público (MP) por peculato e formação de quadrilha. Ele se apresentou à Justiça na sexta-feira (15), após ficar três meses foragido e agora permanece detido em uma cela especial no CDR de Londrina.
Conforme o Ministério Público (MP), o esquema de desvio de dinheiro supostamente funcionava através da emissão de notas frias, passando de R$ 38 mil o valor desviado. A acusação apontou que a Câmara teve gastos irregulares com publicidade, lavagem de carros oficiais, compras de tintas, gás, alimentos, pneus e peças. Documentos apontam que três carros da Casa foram lavados 49 vezes em dois meses. Outras 14 pessoas também estão envolvidas nas denúncias.
Após o escândalo, em novembro de 2012, Alcides Ramos renunciou ao mandato. Contudo, antes de ter a prisão decretada, participou das últimas eleições e foi reeleito, com a maior votação entre os vereadores (mais de 2.600 votos). Agora, mesmo preso, Alcides Ramos ainda pode tomar posse, mas o prazo termina nesta terça-feira (19).
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