O ano ainda nem acabou e o número de mortes por câncer de próstata já ultrapassou em 14% o acumulado do ano passado na região. De janeiro a setembro deste ano, 8 homens morreram vítimas da doença, enquanto de janeiro a dezembro de 2013, foram 7, conforme dados da 16ª Regional de Saúde (16ª RS). A demanda de pacientes em tratamento também aumentou 25%. O ano passado fechou com 55 internações contra 69 no período de janeiro a setembro deste ano.
Apucarana segue a tendência regional com 34 internamentos e 5 mortes por câncer de próstata até setembro deste ano, contra 27 internamentos e 3 óbitos registrados em todo o ano passado. Em Arapongas, que também integra a 16ª RS, houve aumento no número de tratamentos que subiram de 14 para 15 neste ano.
Especialistas da área de saúde atribuem o acréscimo ao aumento de diagnósticos, em decorrência do resultado positivo das campanhas preventivas.
“Os homens estão sensibilizados com as campanhas preventivas cada vez mais esclarecedoras. Isso faz com que eles busquem o tratamento, focando mais na saúde”, analisa a chefe da 16ª Regional de Saúde, Clara Ilza Lemes de Oliveira.
Médico urologista do Centro de Oncologia do Hospital da Providência, Guilherme Augusto Storer, também defende que o resultado é consequente do aumento dos atendimentos preventivos.
“Consequentemente, aumentam o número pessoas atendidas, o número de cirurgias e de mortes. Este é o resultado da procura pelo diagnóstico precoce. Assim, conseguimos identificar que a morte foi por câncer. Anos atrás, muitos pacientes morriam sem saber que tinham câncer de próstata”, avalia.
DESMISTIFICAÇÃO
Antes, muitos homens deixavam de fazer o exame de toque retal simplesmente por não se sentirem confortáveis com o procedimento. Storer afirma que este tabu foi desmistificado com a disseminação de informações sobre a doença e a importância do diagnóstico precoce.
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