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Filas de caminhões parados já têm cerca de 10 km

O protesto de caminhoneiros com objetivo de exigir redução do preço do óleo diesel e das tarifas de pedágio, além de melhor remuneração pelos fretes recebeu grande adesão de profissionais da categoria nesta segunda-feira (23), em pontos de bloqueio no km

Da Redação

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André Luiz Nogueira da Silva conta que está na profissão há 14 anos e diz que nunca viveu uma situação tão crítica como a atual - Foto: Luiz Demétrio
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André Luiz Nogueira da Silva conta que está na profissão há 14 anos e diz que nunca viveu uma situação tão crítica como a atual - Foto: Luiz Demétrio
Escrito por Da Redação
Publicado em 23.02.2015, 11:00:00 Editado em 27.04.2020, 20:02:38
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O protesto de caminhoneiros com objetivo de exigir redução do preço do óleo diesel e das tarifas de pedágio, além de melhor remuneração pelos fretes recebeu grande adesão de profissionais da categoria nesta segunda-feira (23), em pontos de bloqueio no km 245 da BR-376 (Rodovia do Café), próximo ao 30º Batalhão de Infantaria Mecanizado (BIMec), na zona sul do município de Apucarana, e na BR-369 (Rodovia Mello Peixoto), perto de praça de pedágio da concessionária Viapar, em Arapongas. Em Apucarana, já se formou uma fila de cerca de 10 km de caminhões enfileirados. O mesmo ocorre em Arapongas. O movimento tem apoio de pastorais da Igreja Católica e ainda de professores da rede estadual de ensino. Coordenadores do protesto asseguram que a mobilização é por tempo indeterminado.  

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Conforme a Polícia Rodoviária Federal (PRF), os manifestantes iniciaram a mobilização no domingo não permitem  a passagem de veículos de carga e utilitários com mercadorias pelo local. Já carros, motos e ônibus e caminhões com cargas perecíveis, além de ambulâncias, têm permissão para trafegar. Os caminhoneiros protestam contra a alta no preço do diesel e pedem aumento no valor do frete pago aos profissionais da categoria, além da redução do preço da tarifa de pedágio.

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Quem vai pagar o meu prejuízo: o governo?, indaga
José Luiz Ronemberg, que trabalha como caminhoneiro
há 30 anos - Foto: Luiz Demétrio

A mobilização dos profissionais do volante nesta segunda-feira volta a provocar congestionamentos na BR-376 e na BR-369. Os caminhoneiros portam faixas e cartazes com críticas à presidente Dilma Roussef (PT) e ao governador do Paraná, Beto Richa (PSDB). Os profissionais do volante estão bem articulados e fornecem água e alimentação para os colegas que aderem ao movimento. Uma cozinha improvisada e até uma churrasqueira foram montadas no ponto de bloqueio da BR-376. André Luiz Nogueira da Silva conta que está na profissão há 14 anos e diz que nunca viveu uma situação tão crítica como a atual.

"O dinheiro do frete mal dá para pagar o óleo diesel, o pedágio e a manutenção do caminhão. A remuneração daqueles que trabalham com empregados está sendo bancada pelos patrões, sem qualquer lucro, ou seja, no vermelho. O motorista Adriano de Souza, há nove anos como caminhoneiro, também justifica a mobilização da categoria. "Temos que fazer assim para garantir os nossos direitos; fazer valer nossa razão". Já o caminhoneiro José Luiz Ronemberg, que há 30 anos trabalha como profissional do volante e reside em Guaíba, na região metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, conta que está parado no bloqueio desde as 12 horas de domingo (22).

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"Nunca vivenciei uma crise tão profunda como essa. Estou levando uma maquinário para Porto Alegre e estou com apenas R$ 22 no bolso e agora parado, sem poder chegar ao meu destino. Quem vai pagar o meu prejuízo: o governo?, indaga Ronemberg. Uma situação peculiar chamou a atenção hoje pela manhã no ponto de bloqueio em Apucarana. Um profissional do volante que se integrou ao movimento recebeu a informação de quem um sobrinho dele havia falecido na cidade de Ponta Grossa. Os líderes do movimento arrumaram uma "carona" para o colega ir ao velório e sepultamento em Ponta Grossa e motorista deixou seu caminhão com carga parado em barreira feita em Apucarana.

Fila de caminhões já têm cerca de 10 km
de extensão em Apucarana
Foto: Luiz Demétrio

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ARAPONGAS - A manifestação dos caminhoneiros também tem sequência na praça de pedágio em Arapongas. Em um dos sentidos da pista, a fila de caminhões já chegou ao trevo de acesso ao município de Rolândia. A PRF reiterou que os manifestantes não informaram se existe previsão para liberação das rodovias bloqueadas. 

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Na Região Metropolitana de Londrina, o bloqueio dos caminhoneiros também aconteceu em outro ponto da BR-369, em Sertanópolis, durante o domingo. A fila de caminhões chegou a cinco quilômetros.

Motorista pintou frase de protesto no para-brisa
de caminhão - Foto: Luiz Demétrio

PARANÁ - O bloqueio de caminhões iniciado na manhã de domingo (22) continua sendo realizado na manhã desta segunda-feira (23) em rodovias federais e estaduais no Paraná, em protesto de caminhoneiros contra o alto custo para o transporte de cargas com aumento de impostos e cobrança de tarifas.  A PRF informou ainda que o protesto continua na BR-376, km 245, em Apucarana, na BR-277, km 667, em Medianeira, na BR-163, km 32, em Santo Antônio do Sudoeste e na BR-163, km 64, em Perola d´Oeste. Em Guarapuava, a pista foi liberada na BR-277 após negociação da PRF com os manifestantes.

MAIS BLOQUEIOS - Nas rodoviais estaduais, os protestos continuam na na PR-471, km 22, em Nova Prata do Iguaçu; PRC-280, km 255, em Marmeleiro, km 194, em Mariópolis, e km 170, em Clevelêndia; PR-281, kms 535 e 540, em Dois Vizinhos; PR-483, km 001, em Francisco Beltrão; PR-566, km 012, em Itapejara do Oeste; PR-493, km 030, em Itapejara do Oeste; PR-466, kms 179 e 180, em Pitanga, e kms 091 e 100, em Jardim Alegre; PR-487, km 295, em Manoel Ribas; PR-158, km 582, em Vitorino; PR-182, km 459, em Realeza; e PR-495, km 75, em Missal. 

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