O Ministério Público de Apucarana confirmou nessa semana o pedido de suspensão de uma obra de terraplanagem que estava sendo realizada em um barracão próximo à BR-376, na região do Pirapó, em Apucarana.
Segundo informações do promotor de justiça Thiago Cava, o empreendimento já havia sido avaliado por um técnico do Instituto Ambiental do Paraná (IAP). No entanto foi constatado que o impacto final da obra seria maior do que o relatado anteriormente.
A solicitação do MP foi encaminhada ao IAP em Londrina, o prazo para resposta deve ser concluído entre hoje e amanhã (03). "Caso a recomendação não seja acolhida a cassação da autorização pode ocorrer via judicial. A autorização emitida anteriormente, foi baseada em um estudo feito por um profissional que não possuía atribuição para avaliar impactos ambientais no local", relatou Cava. De acordo com o promotor, a autorização emitida para a obra também teria sido dada em um "tempo recorde" em apenas dois dias após ter sido feita a solicitação "Geralmente o IAP leva muito mais tempo do que isso", citou Cava.
A obra, de medidas não especificadas fica próxima ao km 231 da BR-376, próximo ao Motel Dubai no lado oposto da rodovia. A obra possuía autorização para atividade de terraplanagem, aterramento de construção civil e posteriormente para construção de um barracão comercial.
Na justiça
Em contato com a reportagem do Tnonline o empresário Wagner Kreb, diretor da empresa responsável pela obra, informou que possui as devidas autorizações para que a obra possa ser feita. De acordo com ele, uma nova vistoria foi realizada por um técnico do IAP no último dia 27 de fevereiro - Ele mostrou à reportagem uma cópia do laudo, emitido após a vistoria, que considerava adequadas todas as instalações do local
"Minha empresa possui licenciamento para todos os tipos de coleta, no entanto, nesse terreno (da BR-376) fazemos coleta de materiais apenas da construção civil, separamos todos os materiais (plástico, papelão) em caçambas diferenciadas, totalmente conforme é exigido. "O técnico informou que não teria como impedir a obra porque ela estava totalmente dentro dos conformes, tanto de segurança quanto de instalações", citou Wagner Kreb.
Segundo o laudo, feito após a segunda vistoria, os resíduos da obra estão devidamente controlados. A BR-376, ao lado da obra, funciona como um cordão de isolamento para dejetos da obra. "O que estamos fazendo ali é melhorar a área, é levar ao progresso para um local degradado - atualmente há focos de dengue ali - e transformando o mesmo em uma empresa que gerará empregos, impostos e uma série de coisas boas. Estamos atendendo a uma demanda do município" cita o empresário.
A resposta do pedido feito ao IAP deve ser divulgada ainda nesta semana.
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