Professores da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), campus de Apucarana, definiram em assembleia realizada ontem à noite pela paralisação das atividades a partir da próxima segunda-feira (27). A decisão das categorias vem em protesto contra o projeto de lei do Governo do Estado que altera a previdência dos funcionários públicos do Estado, que está em trâmite na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep)
A Unespar de Apucarana segue decisão da Universidade Estadual de Londrina (UEL), onde os docentes optaram pela paralisação também em assembleia na manhã de ontem. De acordo com o professor Flávio Luis Baccarin, do comando de greve da Unespar, campus Apucarana, a categoria discorda da tramitação do projeto de lei na Assembleia Legislativa que prevê o uso de recursos do ParanaPrevidência para o pagamento das contas do governo do Estado, que atravessa uma crise financeira.
“As paralisações no nosso campus estão programadas a partir de segunda-feira (27), dia em que a matéria deverá entrar na pauta de votação na Assembleia, e, a princípio, seguem até a próxima quinta-feira (30). Caso o projeto passe pelo Plenário, existe a possibilidade do retorno da greve dos professores”, afirma Baccarin.
Os servidores estaduais estão revoltados, pois não houve alteração no projeto que garantia ao governo R$ 8 bilhões do fundo das aposentadorias dos servidores. Até o momento, a única mudança, diz ele, foi o parcelamento na retirada do montante em R$ 142 milhões mensais. Ainda segundo o professor, a antecipação da primeira votação do projeto para a próxima segunda-feira foi uma tentativa de desmobilizar a classe dos servidores.
Na próxima semana, a suspensão das aulas vai atingir Unespar, UEL e também a UENP, que fazem parte da mesma base sindical.
A aprovação do projeto poderá culminar no retorno da greve – que teve duração de 30 dias no início deste ano letivo.
Além do movimento contra as alterações realizadas no fundo que paga as aposentadorias dos servidores estaduais, a categoria protesta ainda pela falta de repasses prometidos pelo governo estadual às universidades – o que provoca problemas na manutenção das instituições. INSTITUIÇÕES Outras universidades paranaenses já aprovaram greve por indeterminado nesta semana. Professores da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), do Oeste do Paraná (Unioeste) e de Maringá (UEM) retomaram a paralisação na última quarta-feira (22).
Deixe seu comentário sobre: "Professores decidem parar nas universidades estaduais"