A paralisação dos servidores do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) está comprometendo o atendimento ao público parcialmente. De acordo com informações da coordenadoria geral do Sindicato dos Servidores do Judiciário do Estado do Paraná (Sindijus – PR), o funcionalismo mantém o contingente mínimo, em regime de revezamento, priorizando apenas medidas urgentes e necessárias. “Demais pedidos estão sendo protocolados, mas não terão andamento nos cartórios”, informa o presidente do Sindijus - PR, José Roberto Pereira.
Segundo ele, cada cartório conta com 30% do efetivo total para atendimento, além dos estagiários que continuam desenvolvendo suas obrigações. O sistema é padrão em todas as comarcas do Estado, incluindo as oito comarcas da região.
Ontem, funcionários do judiciário se reuniram em frente ao Fórum Desembargador Clotário Portugal, em Apucarana, com apoio de servidores do Fórum de Arapongas. A categoria deflagrou greve em 8 de maio e aguardou 17 dias por uma resposta do TJ-PR sobre as reivindicações. Sem retorno, os funcionários cruzaram os braços na última segunda-feira.
A pauta de reivindicações abrange 29 itens, como a isonomia salarial entre as carreiras de 1º e 2º graus, abertura de edital de relotação para suprir o efetivo reduzido em determinadas comarcas e melhores condições de trabalho. A única reivindicação atendida até o momento foi o encaminhamento da Lei da Data-Base com reajuste salarial de 8,17% à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).
“A população também será beneficiada se nossas reivindicações forem atendidas. Existem muitos processos parados pela falta de servidores e de estrutura nos fóruns. Por isso digo que nossa luta não é por salário, é por justiça”, assinala o oficial de justiça Lucinei Luiz Guimarães, diretor do Sindijur em Arapongas, que participou da mobilização em Apucarana.
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