A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) encaminhou proposta de revisão tarifária extraordinária ao agente regulador do setor no Paraná, o Instituto das Águas. A revisão tarifária extraordinária está prevista na Lei do Saneamento (11.445/2017), que também estabelece as regras para o reajuste anual e a revisão periódica. Neste ano, a tarifa já teve um aumento de 12,5% dividido em duas parcelas. O valor pedido não foi divulgado.
No caso da revisão extraordinária, o pedido foi necessário devido aos recentes aumentos de energia elétrica autorizados pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Pelo mesmo motivo, outras cinco companhias de saneamento já solicitaram a revisão tarifária extraordinária. A energia é o insumo de maior peso na composição tarifária do setor.
“Os reajustes autorizados pela ANEEL estão bem acima do que prevíamos”, afirma o diretor financeiro da Sanepar, Gustavo Guimarães. Na Sanepar, o aumento da energia elétrica já representa acréscimo de mais de 88% em relação ao ano passado. “A revisão extraordinária solicitada pela Sanepar é diferente do reajuste anual que, no caso da Sanepar, foi aplicado em duas parcelas – uma em março, outra em junho. O reajuste anual foi de 12,5% e considera a variação dos custos em 2014”, explica o diretor. A Sanepar não pode informar o percentual da proposta, que ainda será analisada pelo órgão regulador. Após a decisão, serão necessários pelo menos mais 30 dias para que a revisão seja aplicada, de forma linear.
O fornecimento de água tratada depende, diretamente, da energia elétrica. Hoje, 91% da energia consumida pela Sanepar é utilizada nos sistemas de abastecimento de água. No Paraná, 3.440 unidades operacionais da Sanepar só funcionam se houver energia para acionar os equipamentos de grande porte que bombeiam a água dos rios, ou dos poços, até as estações de tratamento.
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