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Crise econômica faz varejo migrar da Avenida Arapongas

Portas fechadas e imóveis comerciais vazios na Avenida Arapongas refletem a dificuldade que lojistas estão encontrando em manter seus negócios na área mais valorizada da cidade. Para cortar gastos, comerciantes buscam alternativas, como a mudança para o

Da Redação

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Imóveis vazios na Avenida Arapongas: principal endereço comercial da cidade perde espaço com a crise (Foto: Sérgio Rodrigo)
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Imóveis vazios na Avenida Arapongas: principal endereço comercial da cidade perde espaço com a crise (Foto: Sérgio Rodrigo)
Escrito por Da Redação
Publicado em 27.05.2015, 09:31:00 Editado em 27.04.2020, 19:59:40
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Portas fechadas e imóveis comerciais vazios na Avenida Arapongas refletem a dificuldade que lojistas estão encontrando em manter seus negócios na área mais valorizada da cidade. Para cortar gastos, comerciantes buscam alternativas, como a mudança para outros endereços no entorno onde o preço de locação dos imóveis é menor.

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Essa foi a solução encontrada pelo comerciante Darci Vendrameto, que manteve apenas uma das duas lojas de roupas que mantinha na cidade. “Aumentei a loja matriz para acomodar todo o estoque e fiquei em um ponto só. Não compensava pagar o aluguel no centro e manter outro quadro de funcionários nesse momento de crise da economia. A matriz fica um pouco mais afastada, mas tem suas vantagens, como o estacionamento”, diz o comerciante, ressaltando que já observou outros lojistas deixando os imóveis no centro.

Não há estimativas oficiais da quantidade de imóveis vazios e empresários do mercado imobiliário local evitam dar números, mas confirmam que a migração do comércio para outras regiões e o fechamento de lojas aumentaram a oferta de locações na Avenida Arapongas. “Temos muitas placas de aluguel na avenida, mas em contrapartida, pouca procura de inquilinos. Antigamente, havia competição por pontos comerciais no centro. Hoje, só quem realmente precisa alugar que aluga, mas pede desconto e o proprietário acaba abaixando o preço, pois prefere ganhar menos do que ficar meses com o imóvel vazio”, afirma a imobiliarista Maria Rita Novaes de Oliveira.

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O corretor de outra imobiliária da cidade, Agnaldo Gonçalves, complementa que o preço do aluguel teve o reajuste anual tradicional de cerca de 8%, mas que outros fatores interferem no valor final. “O tamanho, o acabamento, a localização, a vitrine, o estacionamento e outros pontos influenciam na locação. O comerciante que necessita acaba negociando e o imóvel que continua vago é porque não preenche esses quesitos”, diz o corretor, ressaltando que imóveis em pontos estratégicos da avenida, principalmente entre o Hotel Lodi e Igreja Matriz, considerado o ponto mais interessante para o varejo, raramente ficam vazios.

A presidente da Associação Comercial e Empresarial de Arapongas (Acia), Evelyse Segura, também acredita que a migração para outros locais seja em função do momento da economia, mas não vê isso como algo negativo.

“É importante destacar que a prosperidade do comércio não se restringe à avenida. Essa descentralização, mesmo que puxada por valores altos de aluguel, precisa ser compreendida como uma oportunidade. Os bairros se dinamizam com o comércio, passam a ter melhor infraestrutura, e o consumidor se sente mais à vontade para fazer suas compras perto de casa”, observa Evelyse, lembrando que em regiões como os conjuntos Flamingos e Palmares, o comércio está consolidado, e no Jardim Corina Pugliese, em forte expansão. “Arapongas cresceu e a descentralização é resultado desse crescimento”, finaliza.

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Tendência também em Apucarana

Em Apucarana, imobiliaristas também observam o fenômeno da migração de imóveis comerciais para outras localidades no entorno do centro em busca de redução de custos com aluguel.

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“Temos observado lojas de roupas e outros artigos mudando-se para o Bairro 28 de Janeiro e ruas paralelas a Avenida Curitiba, reduzindo o número de inquilinos no centro. A oferta é tanta que não cabem mais anúncios em nossa página de classificados do jornal”, comenta o auxiliar de locação de uma imobiliária da cidade, Vinícius Mareze Craveiro, ressaltando que os inquilinos que continuam nos imóveis geralmente pedem revisões dos valores dos contratos de locação.

“O proprietário acaba cedendo um desconto para não correr o risco de demorar para locar. E o inquilino quer negociar, pois acredita que o centro ainda é a melhor localização para as vendas”, conclui.

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