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Crise é a maior em 30 anos no setor moveleiro, diz Sima

O pedido de recuperação judicial do Grupo Simbal de Arapongas, impetrado na segunda-feira (22), expõe a difícil situação em que se encontra a indústria moveleira. A crise econômica que tem afetado as vendas se reflete nas fábricas, que não estão mais rece

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 25.06.2015, 08:35:00 Editado em 27.04.2020, 19:58:43
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O pedido de recuperação judicial do Grupo Simbal de Arapongas, impetrado na segunda-feira (22), expõe a difícil situação em que se encontra a indústria moveleira. A crise econômica que tem afetado as vendas se reflete nas fábricas, que não estão mais recebendo pedidos suficientes para manter a linha de produção. Muitas estão dando férias para os funcionários e o medo é de que haja uma onda de demissões nos próximos meses, o que deixa até mesmo o poder público em compasso de alerta.

O presidente do Sindicato das Indústrias de Móveis de Arapongas (Sima), Nelson Poliseli, afirma que esta é a pior crise desde que ele entrou no setor, há quase 30 anos.“Nunca vi uma situação como essa. Trabalho na indústria moveleira há quase 30 anos. Esta é uma situação que preocupa muito. Já passamos por outras crises antes, mas sempre vislumbrávamos uma ‘luz no fim do túnel’, uma perspectiva de melhora, uma saída.

Desta vez, não vemos isso. Está tudo muito incerto”, comenta. Segundo ele, nos últimos meses várias empresas deram férias para aqueles empregados que tinham o direito garantido, como forma de evitar demissões. Outras cortaram turnos, com o objetivo de diminuir os gastos com a folha salarial. A preocupação agora é quanto ao retorno das férias. Ele não confirma que o futuro reserva demissões nas linhas de produção, mas não descarta a alternativa. “As empresas precisam se adequar à realidade, que não é boa. A demissão de funcionários não é o ideal. Não é fácil demitir. Esta deve ser a última medida a ser tomada pelas indústrias. Nosso temor é de que a situação fique tão complicada que medidas drásticas como essa precisem ser tomadas”, afirma. 

O presidente do Sima afirma que a queda nas vendas e o aumento nos tributos e custos, sobretudo da energia elétrica, fizeram com que a situação chegasse a esse ponto. “Só na minha empresa, a conta de energia elétrica mais que dobrou em apenas quatro meses. Além disso, as vendas de todas as empresas moveleiras despencaram. Quem caiu pouco, caiu 30%”, diz.“Não conheço a fundo a situação da administração da Simbal, mas creio que a situação da empresa é pontual. Não vejo outras indústrias do polo moveleiro em realidade tão extrema. Em linhas gerais, o polo araponguense continua como o maior do Brasil. Há uma certa estabilidade. Mas a pergunta é: até quando?”, questiona Poliseli.

TRABALHADORES - O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Arapongas (Sticma), Carlos Roberto da Cunha, afirma que, se a situação atual se mantiver, os próximos meses podem apresentar números negativos.“As demissões ainda não superaram as contratações no acumulado do ano, mas estamos atentos à situação das indústrias. Nossa torcida é para que as coisas melhorem e que a situação não exija demissões em massa”, diz. Segundo ele, o primeiro semestre é tradicionalmente um período difícil para a indústria do mobiliário. “A expectativa é de que, com o segundo semestre, as coisas melhorem e as vendas voltem a crescer, atingindo patamares anteriores. Só iremos temer medidas mais drásticas das empresas caso a situação não se recupere na segunda metade do ano”, avalia.

Leia a matéria completa na edição desta quinta-feira (25) da Tribuna do Norte

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