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Economistas reduzem previsão para taxa Selic no fim de 2014

Por Eduardo Cucolo BRASÍLIA, DF, 5 de março (Folhapress) - As apostas de que o Banco Central possa encerrar o ciclo de aumento dos juros ou promover no máximo mais uma alta da taxa básica (Selic) em abril ganharam força na semana passada. Pela primeira

Da Redação

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Publicado em 05.03.2014, 14:29:00 Editado em 27.04.2020, 20:18:00
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Por Eduardo Cucolo

BRASÍLIA, DF, 5 de março (Folhapress) - As apostas de que o Banco Central possa encerrar o ciclo de aumento dos juros ou promover no máximo mais uma alta da taxa básica (Selic) em abril ganharam força na semana passada.

Pela primeira vez desde julho, os economistas consultados na pesquisa Focus reviram para baixo a previsão para a Selic no fim de 2014, que caiu de 11,25% para 11,13% ao ano.

O número significa que metade dos analistas espera estabilidade ou mais um aumento de 0,25 ponto percentual ainda este ano. A outra metade prevê pelo menos mais duas altas da taxa.

Na semana passada, o comitê reduziu o ritmo de alta dos juros, ao elevar a Selic de 10,50% para 10,75% ao ano. Esse aumento de 0,25 ponto percentual foi antecedido por seis altas de 0,50 ponto percentual.

Os dados da pesquisa também mostram que os analistas nunca estiveram tão divididos em relação às ações futuras do BC.

No fim de dezembro, por exemplo, mais de 50% dos analistas tinham praticamente a mesma expectativa para os juros nos 12 meses seguintes. Agora, nenhuma previsão para o que vai acontecer até fevereiro do próximo ano consegue reunir mais que 20% dos economistas consultados.

A pesquisa da semana passada trouxe pequena melhora na projeção para o crescimento da economia, que passou de 1,67% para 1,70%, após o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) de 2013 ter vindo melhor que o esperado.

A projeção de inflação segue em 6%, estimativa que se manteve praticamente inalterada nos últimos dois meses.

A projeção para o superavit das contas públicas continua em 1,4% do PIB, abaixo da meta anunciada pelo governo no fim do mês passado, de 1,9%.

Para o economista-sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano, apesar das surpresas positivas em relação à inflação menor em janeiro e ao PIB maior em 2013, não há muitos motivos para revisão das estimativas.

"Vamos ver uma aceleração de preços dos alimentos no curto prazo por conta do efeito da seca. Além disso, há uma incerteza em relação aos reajustes de combustíveis e da energia elétrica", afirmou.

Em relação ao PIB, Serrano avalia que o desempenho melhor da economia no fim do ano passado, sozinho, não é suficiente para levar a mediana das projeções para algo superior a 2%.

Para ele, ainda há dúvidas sobre o comportamento dos investimentos, fator que poderia dar mais fôlego à atividade.

Para o Besi Brasil, os juros não devem subir novamente em abril, mas o BC tende a deixar em aberta a possibilidade de fazer novos ajustes na taxa de acordo com os dados econômicos divulgador até lá.

Essa deve ser a sinalização, segundo ele, da ata do Copom (Comitê de Política Monetária), que será divulgada amanhã.

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