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Consumo de energia sobe, mesmo com reservatórios baixos

Em meio ao baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas, o Brasil segue contabilizando níveis recordes no consumo de energia. Nesta quarta-feira, 12, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou que a carga de energia atingiu 69,397 mil MW mé

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 12.03.2014, 19:36:04 Editado em 27.04.2020, 20:17:42
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Em meio ao baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas, o Brasil segue contabilizando níveis recordes no consumo de energia. Nesta quarta-feira, 12, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou que a carga de energia atingiu 69,397 mil MW médios em fevereiro deste ano, um crescimento de 7,8% em relação à igual mês de 2013. Incluindo a carga de Manaus (AM), incorporada ao Sistema Interligado Nacional (SIN) em julho de 2013, a expansão foi de 9,3%, alcançando expressivos 70,360 mil MW médios de demanda de energia.

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O forte crescimento não é atribuído pelo operador a um possível aquecimento da economia brasileira. Na verdade, a expansão da demanda decorre, sobretudo, por conta do clima. As altas temperaturas deste verão têm impulsionado o uso dos sistemas de refrigeração, o que se reflete no consumo de energia. Este fator influenciou no consumo das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do País, que representam 78% da demanda do País. O maior número de dias úteis em fevereiro de 2014 também contribuiu para o aumento - em 2013, o carnaval aconteceu em fevereiro, enquanto que, em 2014, ocorreu no começo de março.

A carga de energia, que inclui o consumo e as perdas técnicas do sistema, cresceu em todas as regiões, especialmente no Sul do País, onde a expansão foi de 12%, e no Norte, que teve alta de 28% (incluindo Manaus). Além do efeito climático, o forte aumento da demanda nos estados da região Sul se explica pelo bom desempenho da agroindústria no período, de acordo com a análise do operador.

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Reservatórios.

Apesar do forte consumo de energia neste verão, os reservatórios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste estão dando os primeiro sinais de recuperação. No dia 11 de março, o nível de armazenamento na região era de 35,7%, o que representa um ganho acumulado de 1,1 ponto porcentual ao longo do mês de março. A situação ainda é crítica e não permite afastar completamente o risco de racionamento de energia. Os reservatórios do Norte estão com a situação mais confortável no momento, operando com 82,7% da capacidade. Por conta disso, a região tem exportado energia para o resto do País. No dia 11, o Nordeste recebeu 2,525 mil MW médios do Norte, e o Sudeste, 2,017 mil MW médios, o que tem ajudado a manter o nível dos reservatórios dessas duas regiões. O Sul ainda enviou 558 MW médios para o Sudeste.

A pequena melhora no nível dos reservatórios decorre da recuperação das chuvas no começo de março. Ainda assim, a geração das termelétricas tem sido intensa para reduzir a pressão sobre as hidrelétricas. No dia 11, as térmicas convencionais produziram 13,940 mil MW médios, o que representou 19,90% da carga de energia. Já as térmicas nucleares Angra 1 e 2 ofertaram 1,988 mil MW médios, 2,84% da carga.

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