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Chinesa patrocina Copa para tentar popularizar painéis de energia solar

PEDRO SOARES RIO DE JANEIRO, RJ - Maior empresa de painéis solares de geração de energia do mundo, a “desconhecida” chinesa Yingli Solar decidiu patrocinar a Copa do Mundo e dividir espaço com marcas consagradas como Sony, Visa e Adidas, entre outras.

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 29.06.2014, 15:24:00 Editado em 27.04.2020, 20:12:25
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PEDRO SOARES
RIO DE JANEIRO, RJ - Maior empresa de painéis solares de geração de energia do mundo, a “desconhecida” chinesa Yingli Solar decidiu patrocinar a Copa do Mundo e dividir espaço com marcas consagradas como Sony, Visa e Adidas, entre outras.
Dois são os motivos do investimento (cujo valor não foi revelado): mostrar que seu produto, os painéis solares, podem se converter em bens de consumo como geladeiras ou eletrodomésticos; e chamar a atenção para a geração solar no Brasil e no mundo.
A primeira foca no consumidor do segmento da chamada geração distribuída, pela qual qualquer pessoa pode instalar de 10 a 15 painéis no telhado e gerar energia. Uma portaria do governo brasileiro abriu espaço para esse segmento em 2012, ao permitir a “troca” da energia excedente gerada por lares e pequenos negócios com a rede de distribuição.
O cliente gera de dia e usa a energia da rede à noite. Depois, é feita uma conta de chegada para verificar se tem de pagar pela energia usada ou receber da distribuidora pelos megawatts repassados à rede.
No segundo front, a ideia é aproveitar o ambiente favorável para energias limpas, após o acidente nuclear no Japão e a restrição de países como Alemanha a usinas nucleares.
A empresa tem 15% do mercado global de painéis solares --e 60% de suas vendas são para residências e pequenas empresas, com geração limitada a 1 MW. Os maiores clientes são da própria China --depois veem americanos e europeus.
BRASIL
Com a Copa, a empresa quer ainda uma maior penetração no mercado brasileiro. Uma iniciativa foi fornecer, por meio de sistemas solares, 30% da energia gerada na arena Pernambuco e no Maracanã.
Outra aposta no Brasil, um novato no setor (só absorve 0,1% das vendas da companhia), é o primeiro leilão de energia solar em outubro deste ano. Para incentivar essa fonte, o BNDES estuda financiamentos com taxas menores para quem vencer o leilão e também para empresas de equipamentos a se instalarem no país.
A empresa aponta como problemas do Brasil a falta de financiamento a baixo custo (o que a iniciativa do BNDES pode resolver, como já ocorreu com a energia eólica, hoje com preço competitivo) e de incentivo aos consumidores residenciais.
“Há um potencial enorme a ser explorado, mas não há financiamento”, disse Markus Vlasits, diretor da empresa no Brasil.
Hoje, o custo de uma instalação fotovoltaica (painéis solares) em uma casa para cinco pessoas é de R$ 4.000 a R$ 5.000.
O executivo critica o “subsídio” brasileiro à geração térmica a gás (poluente), que deve chegar a R$ 20 bilhões neste ano, emprestados às distribuidoras e que serão repassados de modo escalonado às tarifas a partir de 2015. O motivo foi acionamento maciço das usinas por causa da seca prolongada do verão, que baixou os reservatórios das hidrelétricas.
Os recursos, diz Vlasits, seriam mais bem empregados para investir na expansão de energias limpas. “A energia solar é complementar à hidrelétrica especialmente em um ano com um verão muito seco, como foi o de 2014, quando o sol brilhou por mais tempo”, diz.
No ano passado, a empresa produziu painéis capazes de gerar 3,2 mil MW --capacidade comparável a uma das usinas do rio Madeira.

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