SÃO PAULO, SP - Depois de ter iniciado o dia com cautela, a Bolsa de São Paulo encerrou o pregão desta segunda-feira (21) com nova alta, de 1,09%, com o Ibovespa indo para 57.633 pontos, puxado principalmente por estatais e bancos.
Na sexta-feira, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, havia ficado em 57.012 pontos, maior desde 14 de março do ano passado. O nível em pontuação do encerramento desta segunda-feira é o maior desde 12 de março.
A pesquisa eleitoral divulgada neste fim de semana, feita pelo instituto Sensus, foi um dos principais fatores a elevar os preços de ações de estatais, segundo Elad Revi, analista da Spinelli Corretora.
O levantamento mostrou a presidente Dilma Rousseff (PT) e o senador Aécio Neves (PSDB) tecnicamente empatados num eventual segundo turno caso o pleito fosse realizado hoje. Os candidatos teriam, respectivamente, 36,3% e 36,2% de intenções de votos, segundo o instituto.
A pesquisa, feita entre os dias 12 e 15, em 136 cidades de 14 Estados, tem margem de erro de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
As ações preferenciais da Petrobras, mais negociadas, fecharam o pregão em R$ 20,91, com alta de 1,9%. As ordinárias -que dão direito a voto-também subiram, 1,46%, para R$ 19,45.
Para Pedro Galdi, analista da SLW Corretora, a tendência do mercado é de alta, mas com muita volatilidade, devido às pesquisas eleitorais, que devem ser mais constantes a partir de agora.
Seguindo o site do TSE, pesquisas feitas pelos institutos Ibope e Vox serão divulgadas nos próximos dias.
A BB Seguridade foi um dos destaques de alta do Ibovespa nesta segunda-feira. Relatório do Credit Suisse na semana passada elevou o preço alvo das ações da companhia.
Também se destacaram ações de elétricas nesta segunda-feira. Segundo Galdi, notícias dando conta de empréstimos que devem ser feitos às distribuidoras contribuíram com a alta do setor.
A nova ideia é viabilizar mais R$ 6,5 bilhões, sendo R$ 3 bilhões do BNDES e outros R$ 3,5 bilhões por meio de um "pool" de bancos.
Na ponta negativa, empresas de celulose --Fibria, Klabin e Suzano-- estiveram entre as maiores baixas. Segundo o analista da SLW Corretora, a notícia de que um excedente de 6 milhões de toneladas de celulose será colocado no mercado levou a essa redução no preço das ações.
Com isso, o Bank of America Merrill Lynch reduziu recomendações para as ações de Fibria e Klabin, para neutra em ambos os casos.
DÓLAR
No mercado de câmbio, o dólar fechou com leve queda ante o real. O dólar à vista, referência no mercado financeiro, fechou cotado a R$ 2,2214, com recuo de 0,62%.
Por sua vez, o dólar comercial, usado em transações de comércio exterior, encerrou as negociações cotado em R$ 2,224, baixa de 0,17%.
O Banco Central deu continuidade ao seu programa de intervenções diárias no câmbio, por meio do leilão de 4.000 swaps cambiais (operação que equivale a uma venda futura de dólares), sendo 3.500 com vencimento em 2 de fevereiro de 2015, por um total de US$ 174 milhões e 500 para contratos que vencem em 1º de junho de 2015, por US$ 24,7 milhões.
A autoridade também promoveu outro leilão para rolar os vencimentos de contratos de swap previstos para 1º de agosto, por US$ 346,3 milhões. Ao todo, o BC já rolou 44% do lote total, que corresponde a US$ 9,457 bilhões.
"De um lado, você tem a questão eleitoral e do outro, os problemas na Ucrânia. O resultado é que o mercado fica cauteloso, esperando a próxima notícia para se posicionar", afirmou o superintendente de câmbio da corretora Intercam, Jaime Ferreira.
Escrito por Da Redação
Publicado em 21.07.2014, 19:12:00 Editado em 27.04.2020, 20:11:20
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