MAIS LIDAS
VER TODOS

Economia

BC libera R$ 45 bi para crédito e diz que medida não afeta projeção de inflação

BRASÍLIA, DF - O Banco Central anunciou nesta sexta-feira (25) uma série de medidas para estimular o crédito. No total, R$ 45 bilhões devem ser injetados na economia. A liberação dos recursos, entretanto, dependerá da vontade dos bancos de emprestar.Hoje,

Da Redação

·
Escrito por Da Redação
Publicado em 25.07.2014, 12:03:00 Editado em 27.04.2020, 20:11:08
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

BRASÍLIA, DF - O Banco Central anunciou nesta sexta-feira (25) uma série de medidas para estimular o crédito. No total, R$ 45 bilhões devem ser injetados na economia. A liberação dos recursos, entretanto, dependerá da vontade dos bancos de emprestar.

continua após publicidade

Hoje, o total de crédito na economia é de quase R$ 3 trilhões.

A decisão do BC afeta, principalmente, o crédito ao consumo. Há medidas adicionais, por exemplo, para incentivar o financiamento de veículos e motos, mas que também dependem do apetite do sistema financeiro por esses negócios.

continua após publicidade

O BC disse que as mudanças, anunciadas um dia após a instituição afirmar que não vai cortar os juros por causa da desaceleração econômica, não alteram suas projeções para a inflação.

Do valor a ser liberado, R$ 30 bilhões se referem aos depósitos compulsórios sobre recursos a prazo. O BC decidiu permitir que até 50% do recolhimento compulsório relativo a depósito a prazo sejam cumpridos com operações de crédito, na contratação de novas operações de crédito e na compra de carteiras diversificadas.

O dinheiro poderá ser utilizado por grandes bancos para comprar operações de crédito de instituições menores.

continua após publicidade

Se preferirem, as instituições de maior porte também podem usar o dinheiro diretamente para empréstimos ao consumidor em negócios com veículos e motos.
O número de bancos de menor porte que podem vender carteiras foi ampliado pelo BC de 58 para 134.

O depósito compulsório é um dos instrumentos que o Banco Central usa para controlar a quantidade de dinheiro que circula na economia. O mecanismo influencia o crédito disponível e as taxas de juros cobradas.

Por meio do compulsório, os bancos são obrigados a depositar em uma conta no próprio BC parte dos recursos captados dos seus clientes nos depósitos à vista, a prazo ou poupança.

continua após publicidade

Quando reduz o compulsório, o BC dá aos bancos mais dinheiro para emprestar aos seus clientes. Isso pode ajudar a reduzir os juros bancários ou, em momentos de mais escassez de dinheiro, impedir que sequem as fontes de crédito para o consumidor e para empresas.


PSI

continua após publicidade

O BC também vai permitir que um número maior de bancos utilize 20% do compulsório sobre depósitos a vista para fazer empréstimos dentro do PSI (Programa de Sustentação do Investimento), linha de crédito criada na crise 2008 para financiar a produção com juros mais baixos. Essa medida tem impacto de mais R$ 200 milhões.

O governo também mudou regras para estimular empréstimos acima de cinco anos (60 meses) ao consumo. Para isso, decidiu que o capital que os bancos precisam ter para cobrir essas operações mais longas pode cair de acordo com o pagamento de prestações. A medida libera outros R$ 10 bilhões.

Hoje, um empréstimo acima desse período exige do banco o dobro de capital até a quitação da operação. Agora, a exigência cai quando o número de prestações a vencer for menor que 60 meses.

continua após publicidade

Essa medida pode ter impacto, principalmente, no crédito automotivo e consignado, embora se direcionada a todo o crédito ao consumo.


EMPRESAS

Por fim, o BC vai estimular empréstimos a pequenas empresas (até R$ 3,6 milhões de faturamento bruto anual), com impacto estimado de R$ 5 bilhões. Hoje, a exigência de capital praticamente inviabiliza que o banco empreste mais de R$ 600 mil para uma mesma empresa. O estímulo visa esticar esse limite para R$ 1,5 milhão.

O chefe do Departamento de Normas do Banco Central, Sérgio Odilon dos Anjos, afirmou que a instituição está revisando medidas adotadas no fim de 2010, quando os riscos no mercado crédito eram maiores.

Ontem, o BC afirmou na ata do Copom (Comitê de Política Monetária) que, após anos em forte expansão, arrefecida com a introdução das medidas macroprudenciais de 2010, o mercado de crédito voltado ao consumo passou por uma moderação.

"Nos últimos trimestres observaram-se, de um lado, redução de exposição por parte de bancos, de outro, desalavancagem das famílias", afirmou.

"Portanto, infere-se que os riscos no segmento de crédito ao consumo vêm sendo mitigados."

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Economia

    Deixe seu comentário sobre: "BC libera R$ 45 bi para crédito e diz que medida não afeta projeção de inflação"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!