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Bolsa brasileira encerra em alta influenciada por pesquisa eleitoral

SÃO PAULO, SP - A Bolsa brasileira encerrou as negociações nesta segunda-feira (18) em alta, após divulgação da pesquisa Datafolha que mostra uma maior possibilidade de segundo turno na eleição presidencial brasileira. O Ibovespa, principal índice acionár

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 18.08.2014, 18:23:00 Editado em 27.04.2020, 20:10:29
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SÃO PAULO, SP - A Bolsa brasileira encerrou as negociações nesta segunda-feira (18) em alta, após divulgação da pesquisa Datafolha que mostra uma maior possibilidade de segundo turno na eleição presidencial brasileira. O Ibovespa, principal índice acionário do país, subiu 1,05%, a R$ 57.560 pontos.

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O volume financeiro do pregão somou R$ 10,06 bilhões, inflado pelos R$ 3,5 bilhões injetados com o vencimento de opções.

De acordo com os analistas ouvidos pela reportagem, a alta do índice ocorreu por três motivos: a divulgação da pesquisa eleitoral, o vencimento de opções de ações e o cenário externo positivo.

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Segundo Pedro Galdi, analista-chefe da SLW Corretora, é difícil mensurar qual dos eventos teve maior impacto no resultado diário.

"As Bolsas estrangeiras fecharam em alta e a divulgação da pesquisa traz um otimismo para o mercado, que quer a alternância do poder e o vencimento deu um volume muito grande de negócios", afirma. Além disso, ele ainda destaca o fim da divulgação dos resultados corporativos, que geralmente trazem uma volatilidade alta à Bolsa.


EFEITO MARINA

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De acordo com o Datafolha, Marina Silva entra na disputa com 21% das intenções de voto. Ela larga em segundo lugar na corrida presidencial, um ponto à frente de Aécio Neves (PSDB) -o que os coloca em situação de empate técnico- e 15 pontos atrás de Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT.

O mercado constantemente tem demonstrado insatisfação com a forma em que o atual governo tem gerido as estatais, especialmente em relação à demora para reajustar os preços dos combustíveis, no caso da Petrobras.

De acordo com André Morais, analista da Rico Investimentos, o mercado sempre tenta se antecipar as pesquisas e, por isso, as possibilidades de um segundo turno e do desempenho de Marina Silva (PSB) já influenciaram o pregão na semana passada.

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Na sexta-feira (15), dada a expectativa do mercado acerca do cenário político, os papéis preferenciais da Petrobras terminaram o pregão com valorização de 7,85%. Já as ações ordinárias da petroleira, com direito a voto, subiram 7,78%, a R$ 18,84.

Nesta segunda-feira (18), as ações preferenciais -mais negociados e sem direito a voto- tiveram alta de 1,60%, a R$ 20,38, enquanto que as ações ordinárias, com direito a voto, da empresa fecharam com valorização de 0,27%, a R$ 19,11.

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"A gente está em um momento um pouco difícil para falar sobre a influência [da pesquisa Datafolha], pois ainda não há nada certo acerca da Marina. O mercado ainda não sabe como ela irá reagir e se pode confiar", afirmou Willian Araujo, da UM Investimentos.

Segundo André Morais, analista da Rico, o mercado ainda não tem um conhecimento profundo sobre o projeto econômico de Marina Silva.

"Eu acho que está muito cedo, os investidores não conhecem a Marina [Silva] tão bem na parte econômica porque ela nem candidata é. A formação da equipe econômica dela será muito importante para o mercado, que vê nela a possibilidade de trazer um segundo turno", diz.

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Porém, para Pedro Galdi, as ações que geralmente sofrem forte influência do cenário político, como Vale, Petrobras e o setor bancário, não apresentaram resultados impressionantes como na última semana. Segundo ele, isso ocorre pois o mercado ainda tenta entender os acontecimento que irão ocorrer na corrida eleitoral.


EXERCÍCIO E CENÁRIO EXTERNO

O exercício de opções sobre ações movimentou o índice. O giro financeiro do pregão encerrou o dia com volume de R$ 10.061.576, acima da média diária. O movimento no segmento Bovespa foi de R$ 3.503.858.434,92, dos quais R$ 2.863.079.387,22 em opções de compra e R$ 640.779.047,70 em opções de venda.

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"O vencimento de ações fez com que o mercado operasse em alta, mas, além disso, o Ibovespa também acompanhou o cenário externo positivo, com as ações da Ásia e Europa encerrando em alta e os EUA caminhando para isso", afirma Pedro Galdi.

Dentre as maiores altas, a JBS liderou, com valorização de 4,89%, a R$ 9,44, pelo aumento da recomendação de bancos externos e TIM, com 3,75%, com a especulação de negócio entre a empresa e a GVT.

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Já as maiores quedas do índice ficaram com Marfrig, -3,18%, a R$ 6,08 e Rossi Residencial, com -2,38%, a R$ 1,23.


CÂMBIO

O dólar encerrou em baixa nesta segunda-feira (18), também influenciado pela pesquisa Datafolha. A divisa à vista, referência no mercado financeiro, teve queda de 0,40% sobre o real, cotado a R$ 2,260 na venda. Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, cedeu 0,22%, a R$ 2,259.

Para Ítalo Santos, especialista em câmbio da Icap Brasil, o volume de negócio foi baixo, mas a desvalorização do dólar ante o real reflete a confiança do mercado em uma possível derrota da presidente Dilma Rousseff.

Além disso, Santos afirma que o dia foi de poucos negócios e que o programa de swap do governo teve influência na desvalorização do real.

O Banco Central deu continuidade ao seu programa de intervenções diárias no câmbio, com o leilão de 4.000 contratos de swap (operação que equivale à uma venda futura de dólares), pelo total de US$ 197,1 milhões.

A autoridade monetária também realizou, no fim da manhã, um novo leilão para rolar até 10 mil contratos de swap com vencimento previsto para 1º de setembro, no valor total de US$ 493,8 milhões.

"É relevante, é um fluxo que mantém a desvalorização dentro de um mercado parado como o de hoje. Acaba que isso estimula, porém, em algum momento, esse dólar ainda vai valorizar, pois ele está barato", afirmou.

De acordo com Reginaldo Siaca, da Advanced Corretora, também não houve grandes mudanças no cenário geopolítico e isso fez com que a divida americana não apresentasse grandes mudanças na comparação com as últimas semanas.

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