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Índice Cielo do Varejo sobe 3,7% nas vendas em agosto

O Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) mostrou alta real de 3,7% nas vendas do comércio em junho na comparação com o mesmo mês do ano passado, já descontada a inflação. Considerando a receita nominal, a expansão foi de 10,2% em agosto na mesma comparaçã

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 16.09.2014, 14:10:01 Editado em 27.04.2020, 20:08:54
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O Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) mostrou alta real de 3,7% nas vendas do comércio em junho na comparação com o mesmo mês do ano passado, já descontada a inflação. Considerando a receita nominal, a expansão foi de 10,2% em agosto na mesma comparação.

O gerente da área de Inteligência da Cielo, Gabriel Mariotto, destacou que o mês de agosto foi afetado por um calendário desfavorável, já que houve um domingo a mais e uma quinta-feira a menos que no ano anterior. Considerando os ajustes que eliminam efeitos de calendário relacionados aos feriados, o ICVA deflacionado de junho aponta uma alta de 4,3% nas vendas do varejo.

Entre os segmentos do varejo com melhor desempenho em agosto segundo o ICVA, Mariotto destacou o varejo de vestuário e a alimentação em bares e restaurantes. "A maioria dos setores desacelerou em relação a julho, mas vestuário e bares e restaurantes aceleraram puxando o resultado pra cima", comentou.

O varejo de vestuário vinha apresentando desaceleração nos últimos meses e a alta em agosto pode ser explicada em parte por uma base de comparação mais fácil depois de performance fraca em 2013, ponderou a economista da Tendências Consultoria Alessandra Ribeiro. "Não vemos esse movimento (de alta nas vendas de vestuário) como sustentável porque as condicionantes macroeconômicas continuam fracas", comentou. "Acredito que essa alta tem mais a ver com o sofrimento do setor nos últimos meses, que acaba levando a antecipação de liquidações e promoções e estimulando as vendas", disse.

O ICVA mede o desempenho do comércio varejista com alguma antecedência em relação À Pesquisa Mensal do Comércio, do IBGE. Mariotto lembra, porém, que o indicador leva em conta alguns segmentos que não estão contemplados na medição do IBGE, como por exemplo a atividade de companhias aéreas, setores do turismo e bares e restaurantes. O fato de bares e restaurantes ter tido um ritmo de crescimento mais acelerado em agosto podem fazer com que o ICVA aponte um crescimento do varejo mais alto do que aquele a ser apurado pelo IBGE para o mês.

Desaceleração

Os números do ICVA apontam que 2014 começou com um desempenho mais positivo do varejo, mas houve desaceleração nos últimos meses. O índice de crescimento real com ajustes de calendário mostra que em janeiro e fevereiro o crescimento do varejo foi mais expressivo (na casa de 8% na comparação anual) enquanto em junho, julho e agosto o indicador ficou em 3,1%, 3,7% e 4,3% respectivamente.

Para Alessandra, o desempenho do varejo reflete desaceleração no crescimento da renda real das famílias, baixa da confiança do consumidor e menor geração de empregos. "Esse desempenho do varejo está em linha com variáveis macroeconômicas", comentou. "Seguimos bastante cautelosos com as perspectivas para o varejo", concluiu.













Se fosse excluído apenas o impacto de feriados relacionados à Copa do Mundo, Mariotto afirmou que o crescimento deflacionado do varejo seria de 2%. "É possível dizer que o varejo deixou de crescer 1,5 ponto porcentual por conta dos dias de jogos da Copa", declarou.

No consolidado do primeiro semestre de 2014, de acordo com o índice, o varejo brasileiro cresceu 5,2% ante igual período do ano anterior, já descontada a inflação. Se for considerada a receita nominal, o crescimento do primeiro semestre é de 12,3%. O ICVA apontou uma desaceleração do ritmo de crescimento do varejo no segundo trimestre do ano. De abril a junho, o índice deflacionado foi de 2,9% de alta ante os mesmos meses de 2013. Já o primeiro trimestre de 2014 registrou expansão de 7,6% na comparação anual.

Os setores que apresentaram maior crescimento na composição do ICVA de junho foram o varejo alimentício especializado (como padarias e lojas de conveniência) e os supermercados e hipermercados. Já os setores que tiveram retração nas vendas deflacionadas foram o varejo de vestuário, lojas de departamento e materiais de construção. Mariotto destacou ainda que as vendas de companhias aéreas e de hotéis tiveram retração no crescimento em receita deflacionada. "Ambos sofreram, por um lado, forte influência da inflação e há uma hipótese para esse efeito, de que está relacionado a queda do perfil de cliente corporativo e substituição por turistas de outro tipo", comentou.

Os dados do ICVA não separaram exclusivamente as vendas de aparelhos de TV, mas dois dos setores relacionados a esse produto tiveram retração nas vendas deflacionadas, disse Mariotto. São eles o varejo de eletroeletrônicos e o de lojas de departamento. Uma das hipóteses é que parte dessas vendas tenha sido antecipada para maio, momento em que as vendas de lojas de departamento tiveram melhor desempenho. (Dayanne Sousa - dayanne.sousa@estadao.com)

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