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Eventual vitória de Dilma não surpreenderia estrangeiros

O avanço das ações de estatais na bolsa de valores leva a crer que os investidores estrangeiros estão apostando fortemente na derrota da candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT). Mas a verdade é que uma eventual vitória da petista não os surpreenderia.

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 21.09.2014, 18:34:01 Editado em 27.04.2020, 20:08:35
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O avanço das ações de estatais na bolsa de valores leva a crer que os investidores estrangeiros estão apostando fortemente na derrota da candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT). Mas a verdade é que uma eventual vitória da petista não os surpreenderia. Independentemente do resultado, eles não devem perder dinheiro, pois estariam protegidos com operações em outros mercados.

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Um indício disso é que os investidores que não residem no País são os únicos comprados em opções de venda do Índice Bovespa Futuro, com 47.994 contratos, considerando a posição em aberto de todos os vencimentos. Os bancos e outras instituições jurídicas financeiras estão vendidos em 41.155 contratos, enquanto os investidores institucionais em 4.251 contratos e as pessoas físicas em 2.290 contratos, de acordo com o último dado disponibilizado pela BM&FBovespa.

A conclusão é que os estrangeiros estariam preparados para uma eventual vitória da presidente Dilma. Se isso ocorrer e o Ibovespa cair, eles exerceriam a opção de venda ao preço de exercício do contrato (mais popularmente conhecido por strike). Assim, mesmo que comprados nas estatais, ficariam protegidos de uma possível queda das ações.

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Nesse contexto, um dado chamou a atenção do mercado: a posição de investidores comprados em opções de venda do Índice Bovespa Futuro que vencem em dezembro - o primeiro vencimento após o provável segundo turno das eleições presidenciais. São 361.518 contratos em aberto, mais de três vezes os 105.707 contratos de outubro.

Não é possível identificar se os investidores comprados nessas opções são locais ou estrangeiros, mas operadores e gestores ouvidos acreditam que a maior parte da posição foi montada por não residentes. Um dos motivos para essa suspeita é que os estrangeiros estão comprados em contratos de Ibovespa Futuro, com cerca de 74.000 contratos em aberto. Além disso, no mercado à vista eles carregam uma posição comprada na bolsa de valores de R$ 20,5 bilhões neste ano. "O mercado de opções parece ser a porta de saída deles", opinou um gestor de fundos.

A indicação de que os investidores não estão confiantes na derrota de Dilma na corrida presidencial é que ao mesmo tempo em que o Índice Bovespa se valorizou, avançou a compra de contratos em aberto de opções de venda. Em meados de julho deste ano, quando o Ibovespa estava no patamar dos 55.000 pontos, a posição comprada em opções de venda do Ibovespa Futuro para dezembro era de 262.375 contratos.

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Já em 15 de agosto, pouco após o falecimento do Eduardo Campos que levou Marina Silva à disputa pelo PSB, o Ibovespa atingiu 56.963 pontos e a posição comprada nesses derivativos atingiu 355.643 contratos.

O preço de exercício do contrato de opção de venda com vencimento em dezembro com maior posição comprada é de 44.000 pontos. Trata-se de uma opção europeia, que pode ser exercida apenas na data de vencimento do contrato. Isso significa que se o Ibovespa Futuro ficar abaixo de 44.000 pontos, o investidor detentor da opção de venda poderá exercer seu direito de vender.

O segundo contrato para dezembro mais demandado tem strike de 50.000 pontos. "A verdade é que muitos participantes do mercado não estão apostando na vitória da oposição. Eles estão comprados em uma ponta e vendidos em outra, podendo ter ganhos independentemente do resultado", explicou um gestor.

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