SÃO PAULO, SP - Terminou sem acordo reunião realizada na quarta-feira (22) entre o Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano e a GM.
Segundo o presidente do sindicato, Aparecido Inácio da Silva, a montadora alega que há excedente de funcionários e acenou, na semana passada, para a demissão de 500 trabalhadores e lay-off (suspensão temporária do contrato de trabalho) para outros 500 metalúrgicos.
"Eles reafirmaram a intenção de demitir e disseram que entre 200 a 250 trabalhadores seriam de imediato, mas não concordamos."
O sindicato propôs que 800 trabalhadores entrem em lay-off e que não ocorram demissões.
"A montadora vai avaliar a proposta e dará resposta nesta quinta-feira."
Procurada a GM disse que não vai comentar o assunto.
HISTÓRICO
Com a queda de 7,99% nas vendas nos primeiros nove meses do ano, as montadoras acumulam estoque de 30 dias e estão buscando alternativas para evitar demissões.
Na unidade de São José dos Campos (SP) da GM, o lay-off começou em setembro e vai seguir por cinco meses. São 930 trabalhadores afastados.
Em São Caetano, sindicato e empresa ainda negociam.
OUTRAS MONTADORAS
Outras montadoras também estão prolongando os acordos de suspensão de contratos de trabalho para adequar a produção à queda nas vendas de automóveis e evitar a demissão de funcionários. É o caso, por exemplo, da Mercedes-Benz, que fechou um acordo com o Sindicato dos Trabalhadores do ABC que permite a prorrogação do lay-off.
A unidade da montadora em São Bernardo do Campo (SP) tem 1.200 trabalhadores no sistema de lay-off, que deveriam voltar ao trabalho no fim de novembro. Com o acordo firmado com o sindicato, eles podem ficar até mais cinco meses em casa.
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