Os dirigíveis, que viveram sua era de ouro nos anos 1930 transportando passageiros e entraram em desuso após o incêndio do modelo alemão Hindenburg nos Estados Unidos, poderão voltar a ser vistos em breve no céu brasileiro.
Pelo menos essa é a expectativa de empresas que estudam usar aeronaves desse tipo para transportar cargas pela Amazônia.
Elas dizem que os dirigíveis poderiam ajudar a driblar os problemas de infraestrutura que afetam a região, que carece de boas rodovias.
O especialista em logística Augusto Rocha afirma, porém, que eles têm desvantagens com relação a aviões e barcos, como o fato de não voarem a uma velocidade muito alta e o custo elevado da tecnologia.
Torres de energia carregadas pela floresta
Uma das empresas que apostam no modelo é a brasileira Airship, que recentemente fechou seu primeiro contrato.
A empresa vai produzir dirigíveis para a Eletronorte transportar torres de transmissão, equipamentos e funcionários até a floresta. Eles são movidos a gás hélio (que não é inflamável como o hidrogênio usado no passado).
O dirigível da Airship, chamado de ADB-3, tem 130 metros de comprimento por 35 metros de diâmetro. Segundo a empresa, ele voa a uma altitude de até 500 metros, atinge até 120 km/h, e tem capacidade de transporte de até 30 toneladas.
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