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Programas de fidelidade premiam quem faz exercícios ou dá caronas

FILIPE OLIVEIRA SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Não é preciso gastar mais nenhum centavo para participar de um programa de fidelidade. Entrar em uma loja, responder a pesquisas, dar e receber caronas ou manter a rotina de exercícios pode dar prêmios, desc

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 27.07.2015, 20:58:04 Editado em 27.04.2020, 19:57:51
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FILIPE OLIVEIRA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Não é preciso gastar mais nenhum centavo para participar de um programa de fidelidade.
Entrar em uma loja, responder a pesquisas, dar e receber caronas ou manter a rotina de exercícios pode dar prêmios, descontos ou mesmo dinheiro na mão.
As opções são desenvolvidas por novas empresas com serviços pela internet. Para incentivar variados comportamentos de quem usa aplicativos e sites, elas estão adaptando o modelo acumulação de pontos dos programas de fidelidade, comuns a companhias aéreas e fornecedoras de cartão de crédito.
O aplicativo Zumpy, que funciona em Belo Horizonte há dois meses, (será lançado em SP em agosto, em parceria com a universidade Mackenzie), dá pontos para motoristas e passageiros que deixam o carro em casa para dar ou tomar carona.
São 10 pontos para o passageiro e 15 para o motorista, sendo que atividades como cadastrar rotas e avaliar quem vai junto no carro também aumentam a pontuação.
André Andrade, fundador da empresa, conta que os pontos devem ser trocados por ingressos de cinema, descontos em restaurantes ou no abastecimento do carro com etanol. Em Belo Horizonte, 60 pontos podem ser trocados por R$ 40 em gasolina ou etanol em oito postos da cidade.
Em São Paulo, a empresa deverá ter parceria com a lanchonete Big X-Picanha e o Café Aprendiz. Os estabelecimentos não pagam para divulgar suas marcas no aplicativo. O Zumpy deve se sustentar a partir de patrocínios, conta Andrade.
COMPRO VISITAS
O aplicativo PiggyPeg, lançado neste ano, foi além dos descontos e prêmios e decidiu dar dinheiro para quem entra em lojas parceiras do serviço e escaneia um código com o celular.
Eduardo Moreira, presidente da PiggyPeg, afirma que a estratégia de pagar pela entrada dos clientes na loja não é muito diferente do que gastar com publicidade com os mesmos objetivos.
A vantagem de pagar diretamente ao cliente pela visita, diz, é saber exatamente qual o investimento feito para que cada pessoa entrasse na loja. No serviço, os varejistas decidem quanto querem pagar por cliente que usa o aplicativo.
Quem tem o aplicativo pode pegar dinheiro uma vez por dia em cada loja indicada pelo PiggyPeg.
Segundo ele, hoje o PiggyPeg está disponível em 200 lojas de São Paulo. Em agosto, o aplicativo passará a funcionar em todas as 78 lojas de um shopping de São Paulo (ele não revela o nome).
Questionado se muitos usuários não iriam passar a visitar o shopping para buscar dinheiro e não comprar nada, ele diz acreditar que isso é pouco provável.
"Existe uma lei da reciprocidade que vai fazer as pessoas consumirem ali. É como quando você come um queijinho de graça de uma expositora no supermercado. Você se sente grato e vai ouvir o que ela tem a dizer."
USO CONTÍNUO
A filosofia do Mova Mais, que dá pontos para quem mantêm uma agenda regular de corridas, é premiar quem consegue mudar de hábito e colocar exercícios físicos na rotina.
Não adianta correr 20 quilômetros no domingo e passar o resto da semana sentado na frente do computador. A ferramenta, atualmente em fase beta (em período de testes aberto para qualquer interessado) dá mais pontos para quem está mantendo uma meta mínima de meia hora por dia de exercício.
Para usar o serviço, é preciso um dos aplicativos de corrida com os quais o Mova Mais tem parceria (Strava, RunKeeper ou MapMyRun).
A partir do site da empresa, é possível criar uma conta no Mova Mais e conectá-la ao aplicativo, que passará a enviar as informações coletadas durante os exercícios para serem convertidas em pontos.
Quanto maior o "combo" de dias em que a ferramenta é usada, maior a pontuação diária, explica Fernando Aquino, presidente da empresa.
Hoje são 50 mil cadastrados no Mova Mais, diz Aquino. Eles já conseguem acumular pontos que, ainda neste ano, passarão a ser trocados por prêmios.
Aquino diz que a empresa prevê incluir premiações com valores variados. Devem entrar no programa desde itens relacionados a esporte e bem-estar, como alimentos saudáveis e acessórios, até descontos em academias e viagens.
OPINIÃO PAGA
A empresa MeSeems dá moedas virtuais para quem responde a pesquisas de mercado por um aplicativo de celular.
O usuário recebe até duas pesquisas por semana, encomendada por outra companhia ou feita pelo próprio MeSeems para ter mais informações sobre sua base de usuários, explica Lucas Melo, cofundador da empresa.
A quantidade de pontos oferecidas pelas pesquisas varia conforme sua complexidade -geralmente ficam em torno de 30. As premiações, que incluem carga para celular, desconto em lojas virtuais e doações ao Graac (Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer), custam a partir de 1.000 pontos.
Melo diz que usuários que convidam outras pessoas a usar o aplicativo (atividade também pontuada) conseguem retirar prêmios a partir da terceira semana de uso.
CONCORRÊNCIA
Outro motivo que leva as companhias iniciantes a premiar é a dificuldade de se conseguir atenção do cliente em meio a tantas opções de aplicativos presentes em seus smartphones.
"As pessoas baixam muitos aplicativos no celular e os deletam depois de alguns minutos. Os prêmios são um investimento que fazemos nelas para que se engajem em nossos produtos", diz Marcos Barrosa, fundador do ScorePointer, que premia quem avalia restaurantes.

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