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Credores da MMX, de Eike Batista, aprovam recuperação judicial

RENATA AGOSTINI SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os credores da MMX Sudeste, principal braço da mineradora de Eike Batista, a MMX, aprovaram nesta sexta-feira (28) o plano de recuperação proposto pela empresa. O plano prevê a liquidação dos ativos para sal

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 28.08.2015, 18:42:26 Editado em 27.04.2020, 19:57:05
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RENATA AGOSTINI
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os credores da MMX Sudeste, principal braço da mineradora de Eike Batista, a MMX, aprovaram nesta sexta-feira (28) o plano de recuperação proposto pela empresa.
O plano prevê a liquidação dos ativos para saldar as dívidas da empresa.
As duas minas que compõem a unidade chamada de Serra Azul serão vendidas para a holandesa Trafigura.
A empresa, que se tornou sócia controladora do porto Sudeste, localizado em Itaguaí (RJ), ofereceu R$ 70 milhões para ficar com 51% do empreendimento.
Os 49% restantes serão dados aos credores. A Trafigura pagará ainda outros R$ 70 milhões em royalties, que serão apurados quando a produção de minério for retomada -as minas estão desativadas há meses.
Dois terminais de carga e terrenos que foram adquiridos pela MMX para a expansão de Serra Azul também serão vendidos com o objetivo de levantar recursos.
Mesmo assim, o dinheiro só deve ser suficiente para cobrir cerca de 30% da dívida, que pode chegar a R$ 700 milhões.
O valor total que a MMX deve na praça não é certo, pois há créditos que estão sendo questionados na Justiça.
Os credores terão, portanto, um desconto agressivo no valor a receber. Mas a dívida trabalhista será paga integralmente.
A mina de Bom Sucesso, comprada em 2008 por US$ 200 milhões, ficou de fora dos planos de venda. A avaliação é que atualmente não há valor no projeto, que está parado.
A MMX Sudeste pediu proteção à Justiça para escapar da falência em outubro do ano passado. Com a aprovação dos credores, ela entra oficialmente em recuperação judicial.
DESMONTE
O projeto de mineradora imaginado por Eike caminha lentamente para a extinção. Mesmo estando fora do processo, os demais empreendimentos da MMX também estão à venda.
A empresa busca repassar a subsidiária MMX Corumbá, dona de uma unidade de beneficiamento de minério e direitos de lavra no Mato Grosso do Sul, e a fatia de 35% que a companhia mantém no Porto Sudeste.
A unidade de Corumbá, na prática, já não faz parte da operação do grupo desde o ano passado, quando foi arrendada à Vetorial Siderurgia.
Pelo acordo firmado, a Vetorial tem opção de compra do empreendimento e, enquanto não decide se fica com ele, tem de pagar R$ 500 mil por ano para usá-lo.
PREJUÍZOS
Os planos de transformar a MMX numa das maiores mineradoras do mundo, como anunciado por Eike, já pareciam distantes quando o grupo do empresário entrou numa aguda crise financeira e de confiança a partir de 2013.
Com a derrocada em série de seus negócios, Eike precisou colocar à venda ativos e ficou sem dinheiro para tocar o empreendimento.
Ele ainda tem 57% da MMX. A chinesa Wisco tem 10% e sul-coreana SK Networks, 8,8%. Elas entraram na mineradora em 2009 e 2010 respectivamente.
As duas companhias estrangeiras desembolsaram juntas mais de US$ 1 bilhão para ficarem com um naco da empresa.
A MMX chegou a valer R$ 18,3 bilhões em junho de 2008. Com as ações cotadas a R$ 0,35, tem valor de mercado de apenas R$ 57 milhões.

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