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Greve dos bancários tem adesão de 38 mil, diz sindicato de SP

CLAUDIA ROLLI SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A greve dos bancários teve adesão de 38 mil funcionários de 582 agências e 18 centros administrativos, segundo informou o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região (filiado à CUT). Os dados naciona

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 06.10.2015, 19:17:06 Editado em 27.04.2020, 19:56:02
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CLAUDIA ROLLI
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A greve dos bancários teve adesão de 38 mil funcionários de 582 agências e 18 centros administrativos, segundo informou o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região (filiado à CUT).
Os dados nacionais da greve da categoria ainda não foram divulgados pela Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro), também ligada à CUT.
São mais de 500 mil bancários no Brasil em campanha salarial, sendo 142 mil representados pelo sindicato em São Paulo, Osasco e região.
"No ano passado, o primeiro dia envolveu 16 mil bancários de 626 agências em São Paulo. Neste, já são 38 mil, o que mostra a insatisfação dos trabalhadores com a proposta feita pelos bancos. Está longe de repor a inflação e do que o setor pode negociar, uma vez que os lucros neste ano cresceram", diz a sindicalista.
As instituições financeiras e a Fenaban (federação dos bancos) não divulgaram adesão ao movimento e não comentaram a greve.
A proposta dos bancos prevê 5,5% de reajuste salarial com pagamento de R$ 2.500 de abono fixo. A categoria pede reajuste salarial de 16%, sendo 5,6% de aumento real e 9,88% referentes à perda causada pela inflação acumulada nos últimos 12 meses.
Pelos cálculos do Sindicato dos Bancários, a "perda real de 4%" significa que um bancário que recebe o salário médio da categoria iria perder no ano R$ 1.983 em relação a uma proposta que apenas cobrisse a inflação.
Segundo o sindicato, esse foi o pior índice oferecido pelos bancos desde 2004.
A categoria recebeu aumento real de 20,07% no período entre 2004 e 2014. No ano passado, foram 2,02% acima da inflação.
ORIENTAÇÕES AO CONSUMIDOR
De acordo com o Procon-SP, mesmo com a paralisação, o consumidor continua com a obrigação de pagar faturas, boletos bancários e cobranças, mas as empresas são obrigadas a oferecer outro local de pagamento.
A entidade recomenda que o consumidor entre em contato com a empresa e peça opções de formas e locais para pagamento, como internet, sede da empresa e lotéricas.
O consumidor deve documentar o pedido para que, posteriormente, possa reclamar ao Procon-SP se o fornecedor não o atender. Guarde os comprovantes de pagamento.
Contas de água, luz e telefone podem ser pagas em casas lotéricas credenciadas.
COMO DRIBLAR A GREVE
1 - Pagar conta
O consumidor continua com a obrigação de pagar faturas, boletos bancários e demais contas, mas as empresas devem oferecer uma alternativa de pagamento, afirma Dori Boucault, advogado especialista em direitos do consumidor.
Para evitar a cobrança e o envio do nome a serviços de proteção ao crédito, o consumidor deve entrar em contato com a empresa e pedir opções de formas e locais para pagamento, como internet, sede da empresa e casas lotéricas.
O consumidor deve documentar o pedido para que, posteriormente, possa reclamar ao Procon-SP se o fornecedor não o atender. É preciso guardar os comprovantes de pagamento, para o caso de a empresa não acusar o recebimento do valor.
2 - Sacar dinheiro
Caixa eletrônico e terminais de autoatendimento 24 horas são alternativas para quem precisa sacar dinheiro. No entanto, os bancos estabelecem limites máximos de retirada por dia. No Bradesco, o valor varia de acordo com o dispositivo de segurança e vai de R$ 800 a R$ 2.000.
Caixa e Banco do Brasil têm limite máximo de R$ 1.000.
Correntistas da Caixa Econômica Federal também podem retirar dinheiro em casas lotéricas.
3 - Desbloquear cartão
O cliente pode fazer o desbloqueio do cartão nos terminais de autoatendimento localizados nas agências bancárias. Alguns bancos também permitem desbloquear pelo telefone e pela internet.
4 - Cadastrar senhas
Para utilizar os canais de atendimento na internet, é preciso cadastrar senha de acesso. Esse passo pode exigir uma etapa na internet e outra no terminal de autoatendimento.
O cliente também terá que instalar dispositivos de segurança em seu computador.
5 - Investir ou resgatar aplicações
O investidor não deve ser muito afetado. O home broker (plataforma de negociações on-line) permite fazer investimentos ou resgates de aplicações. Além disso, há a opção de enviar pelo telefone ordens de compra e venda para a corretora.
6 - Transferências
Podem ser feitas pelo internet banking ou nos terminais de autoatendimento. Para valores elevados, é preciso cadastrar o destinatário do dinheiro. Alguns bancos exigem que isso seja feito na agência, mas outros permitem o uso do internet banking e do telefone.
O valor mínimo para realizar uma TED (Transferência Eletrônica Disponível) é de R$ 250. Para DOC não há mínimo.
7 - Depósitos
O cliente pode efetuar depósitos nos terminais de autoatendimento localizados nas agências bancárias.
RAIO-X DA GREVE NO BANCOS
NÚMERO DE BANCÁRIOS 500 mil no Brasil; 142 mil representados pelo sindicato de SP
O QUE QUEREM Reajuste de 16% (5,6% de aumento real)
O QUE OFERECEM OS BANCOS 5,5% de reajuste e R$ 2.500 de abono fixo
REAJUSTE MAIS RECENTE 2,02% acima da inflação, em 2014. Entre 2004 e 2014 o aumento real foi de 20,07%

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