MAIS LIDAS
VER TODOS

Economia

Greve dos caminhoneiros entra no segundo dia com bloqueios

Caminhoneiros retomaram greve na manhã de ontem e bloquearam diversos trechos de rodovias da região e em pelo menos 14 Estados. No Paraná, segundo última estimativa das polícias Rodoviária Federal (PRF) e Estadual (PRE), divulgada no início da noite de on

Da Redação

·
A greve dos caminhoneiros começou na segunda-feira (9), por volta das 6 horas, com a mobilização de motoristas em Apucarana, mas ainda sem a adesão esperada - Foto: José Luiz Mendes
Icone Camera Foto por Reprodução
A greve dos caminhoneiros começou na segunda-feira (9), por volta das 6 horas, com a mobilização de motoristas em Apucarana, mas ainda sem a adesão esperada - Foto: José Luiz Mendes
Escrito por Da Redação
Publicado em 10.11.2015, 08:56:00 Editado em 27.04.2020, 19:55:12
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

Caminhoneiros retomaram greve na manhã de ontem e bloquearam diversos trechos de rodovias da região e em pelo menos 14 Estados. No Paraná, segundo última estimativa das polícias Rodoviária Federal (PRF) e Estadual (PRE), divulgada no início da noite de ontem já eram mais de 20 pontos de bloqueio em rodovias estaduais e federais. Na região de Apucarana e Vale do Ivaí, caminhoneiros interromperam tráfego de caminhões em quatro rodovias: BR-376, BR-369, PR-218 e PR-466. Ontem, até às 17 horas, mais de 100 veículos de carga estavam estacionados no pátio de uma empresa às margens da BR-376, em Apucarana, por conta da interdição. Apenas os veículos de carga estão impedidos de seguir viagem: carros de passeio, emergência e ônibus foram liberados pelos manifestantes.

As polícias Rodoviária Federal e Estadual informaram que estão monitorando a paralisação e, até o fechamento desta edição, não havia registro de tumulto. As lideranças locais da categoria afirmam que a greve prossegue por tempo indeterminado até que a presidente Dilma Rousseff deixe o cargo. Na região, houve um segundo bloqueio na BR-376 em Marilândia do Sul, próximo ao Distrito de Leão do Norte, contudo a passagem foi liberada por volta das 14 horas, segundo informações do movimento. 

Em Arapongas, manifestantes bloquearam a PR-218 parcialmente, na altura do km-277, na saída para Astorga. Por volta das 9 horas, pontos foram bloqueados na PR-466 em Jardim Alegre e também em Manoel Ribas. Ontem, haviam pontos de bloqueio em Londrina, Maringá, Paranavaí, Ponta Grossa, entre outros. Por volta das 17 horas, manifestantes também fecharam passagem para caminhões na BR-369, perto do pedágio de Arapongas. A PRF informou que equipes acompanham a movimentação. “Ainda não houve registro de problemas adicionais como tumultos ou desentendimentos. A PRF segue monitorando”, afirmou Sérgio Oliveira, chefe do Núcleo de Policiamento da PRF de Londrina. A paralisação foi organizada pelo Comando Nacional do Transporte, que convocou caminhoneiros por meio das redes sociais. Apesar do movimento apontar uma pauta de reivindicações – como frete mínimo - lideranças do movimento assumem que o objetivo maior desta greve é pressionar a renúncia da presidente Dilma Rousseff, motivo que levou o grupo a pedir apoio à população. 

“Os bloqueios continuam por tempo indeterminado enquanto a presidente não renunciar o cargo”, afirmou André Gustavo Ferreira, representante do movimento em Apucarana, acrescentando que a greve não é somente dos caminhoneiros, mas de toda a população.A paralisação em Apucarana teve adesão de muitos caminhoneiros. “Vim apoiar para que a nossa situação e a do Brasil inteiro melhore. Acredito que se a Dilma deixar a presidência muita coisa vai melhorar”, assinalou o caminhoneiro Olavo Goes, 60 anos. O caminhoneiro Renan Wiliam Chiarelli, 24 anos, lembrou que o Governo Federal não atendeu a pauta reivindicações da categoria nas greves anteriores, o que causou revolta e indignação. “Estamos pagando para trabalhar. O valor do frete está defasado, combustível muito caro, sem contar o pedágio que está cada vez mais caro. Não tem condições de trabalhar assim”, reclamou.

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A greve dos caminhoneiros entra no segundo dia nesta terça-feira (10) com manifestações e bloqueios em rodovias de ao menos quatro Estados. Eles permitem o tráfego apenas de carros, ônibus e ambulância, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal. 

continua após publicidade

A categoria iniciou a greve nesta segunda (9) após não entrarem em acordo com o governo federal em relação às suas reivindicações.
A adesão atingiu ao menos 14 Estados do país e, apesar de o número não ter sido considerado "preocupante", a ordem no Palácio do Planalto é "não menosprezar" a mobilização.
Os manifestantes pedem a redução do preço do óleo diesel, a criação do frete mínimo (este o governo reconhece que não conseguiu atender), salário unificado em todo o país e a liberação de crédito com juros subsidiados no valor de R$ 50 mil para transportadores autônomos.
O grupo também quer ajuda federal para refinanciamento de dívidas de compra de seus veículos.
O Planalto alega que atendeu a maior parte das reivindicações da categoria que, em abril, fez sua última paralisação do ano.


MINAS GERAIS
Os caminhoneiros fazem bloqueios em ao menos três trechos da rodovia Fernão Dias, em Minas Gerais.
A concessionária da estrada informa que a pista está temporariamente interditada em ambos os sentidos (São Paulo e Belo Horizonte) no km 513, na região de Igarapé (MG), por causa da paralisação dos caminhoneiros, que ocupam uma das faixas. O tráfego também está parado do km 507,5 ao km 510, e do km 511 ao km 513, na pista Sul (sentido São Paulo), e do km 514 ao km 513, na pista Norte (sentido Belo Horizonte).
Na pista Norte (sentido Belo Horizonte), há lentidão do km 679,8 ao 677,8, na região de Perdões (MG), também em decorrência da paralisação, que interdita a faixa 2. Os usuários trafegam pela faixa 1.
As interdições ocorrem no km 677 em Perdões (ambos os sentidos); no 513, em Igarapé (ambos os sentidos) e no 507, em São Joaquim de Bicas (no sentido São Paulo).
SANTA CATARINA
Os manifestantes impedem a passagem de caminhões de carga em ao menos três trechos de rodovias federais nesta manhã.
As interdições ocorrem na rodovia BR-116 no km 54, em Papanduvas, e km 138, em Santa Cecília. Mas a PRF informou que não deve prejudicar o trânsito porque a via será interditada nestes dois trechos para obras.
O outro bloqueio é no km da BR-280, em São Francisco do Sul.
PARANÁ
Caminhões e carretas estão, na manhã desta terça-feira (10), estacionados nos acostamentos e faixas de rolamento de rodovias em Paranavaí (BR-376), Nova Esperança (BR-376), Arapongas (BR-369) e Maringá (PR-317). Segundo a concessionária que administra essas estradas, os manifestantes permitem a passagem de carros, ônibus e veículos de emergência.
Nas rodovias estaduais, há ao menos 10 pontos de paralisação de caminhoneiros, informou o boletim do Batalhão de Polícia Rodoviário das 8h. Não há restrição de passagem para carros ou veículos de transporte de passageiro e a manifestação segue sem incidentes.
Os pontos de bloqueio parcial são:
PR-92, km 21, na região de Almirante Tamandaré
PRC-280, km 175, região de Clevelândia
PR-281, km 47, região de Pien, e km 420, região de Mangueirinha
PR-445, km 82, região de Cambé
PR-317, km 12, região de Santo Inácio, e km 105, região de Maringá
PR-466, km 145, região de Manoel Ribas, e km 181, região de Pitanga
PRC-487, km 295, região de Manoel Ribas
RIO GRANDE DO SUL
Manifestantes começam a se reunir em dois trechos da rodovia estadual RS-287, na região de Santa Cruz, km 105, e na região de Venâncio, km 78, segundo o Comando Rodoviário.

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Economia

    Deixe seu comentário sobre: "Greve dos caminhoneiros entra no segundo dia com bloqueios"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!