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Mercado de cinema e TV retoma produções com temas bíblicos

O fascínio por histórias bíblicas já rendeu adaptações para a literatura, o teatro, o cinema, a televisão. Mas, neste ano, chama a atenção a quantidade de produções debruçadas sobre as páginas do livro mais famoso do Ocidente. O sucesso do seriado A Bíbli

Da Redação

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Mercado de cinema e TV retoma produções com temas bíblicos
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Publicado em 20.04.2014, 11:09:00 Editado em 27.04.2020, 20:15:54
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O fascínio por histórias bíblicas já rendeu adaptações para a literatura, o teatro, o cinema, a televisão. Mas, neste ano, chama a atenção a quantidade de produções debruçadas sobre as páginas do livro mais famoso do Ocidente. O sucesso do seriado A Bíblia (The Bible), do History Channel, cujo primeiro capítulo foi visto por 13,1 milhões de pessoas, levou à adaptação para as telonas, com O filho de Deus, em cartaz no Recife e a primeira grande estreia de Hollywood sobre Jesus desde A paixão de Cristo, de Mel Gibson, há dez anos.

O filme já arrecadou US$ 60 milhões (R$ 134,08 milhões) nos EUA e disputa público com Noé, de Darren Aronofsky, baseado na passagem da Arca de Noé e criticado pela Igreja Católica. E abre alas para os religiosos Deus não está morto (agosto), Deixados para trás (setembro), Êxodo (dezembro) e talvez paraHeaven is for real (O céu é de verdade), ainda sem previsão. Em entrevistas, o produtor e roteirista Federico Scardamaglia, de Barrabás, minissérie de dois capítulos do History Channel que estreou no Brasil em abril, disse que o interesse de Hollywood por histórias bíblicas vem crescendo por "sensibilizarem a audiência e serem ricas no conteúdo".

O tema é recorrente desde o cinema mudo, com filmes como A vida e paixão de nosso senhor Jesus Cristo(1905), de Ferdinand Zecca, o primeiro do segmento, e Ben Hur (1907), de Sidney Olcott. "A Bíblia é uma fonte inesgotável. Na década de 1940, por exemplo, houve uma grande profusão de produções, comoSansão e Dalila (1949). Agora, o gancho comercial são os efeitos especiais, que permitem novas interpretações. No Brasil, há uma expansão do público, com as novas igrejas", explica o professor de comunicação da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) Alexandre Figueirôa. Ele associa o filão à evolução do mercado de música gospel do país. Em 2013, entre os 20 CDs mais vendido no Brasil, de acordo com relatório da Associação Brasileira de Produtores de Discos (ABPD), três foram de padres. Marcelo Rossi figura no topo, além de Reginaldo Manzotti (9º) e Fábio de Melo (17º).

A advogada pernambucana Zitah Oliveira, produtora e idealizadora do filme A palavra, acredita que os filmes são uma resposta à força da religiosidade. Rodado em Pernambuco e com o recifense Tuca Andrada no elenco, o primeiro longa-metragem evangélico a entrar em circuito nacional, em fase de finalização, aborda a vida dos profetas Elias e Eliseu. "O filme não possui bandeira de igreja, nem de governo. Teve patrocínio (o orçamento é de R$ 2,3 milhões) de pessoas físicas e jurídicas. A religiosidade está aumentando. O audiovisual é uma resposta à demanda", defende. No Brasil, 22,2% são evangélicos, diz o último censo do IBGE (o índice subiu 15,6 pontos em 30 anos), e 64,6% são católicos.

Na TV

A teledramaturgia brasileira vem obtendo respostas satisfatórias no segmento. A minissérie José do Egito (2013), da TV Clube/Record, por exemplo, atingiu bons índices de audiência - média de 14 pontos - e foi comercializada para os EUA. A emissora produziu cinco séries e se prepara para estrear a primeira novela bíblica, Os dez mandamentos, escrita por Vivian de Oliveira, a mesma de José do Egito, A história de Ester e Rei Davi. Apesar de seguir fielmente as passagens bíblicas, as atrações buscam atingir o público em geral. "Independentemente de sexo, idade ou crença religiosa. As minisséries não são voltadas para o público religioso ou nenhum outro em particular. A função do produto é entreter", destaca Vivian. "O tema da religião é recorrente. Há os que são religiosos e os que não são, mas poucos deixam de pensar sobre o assunto", analisa o professor de antropologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Roberto Motta.

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