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Segundo ato é ponto alto em ópera de Wagner dirigida por Neschling

SÓ PODE SER PUBLICADO NA ÍNTEGRA E COM ASSINATURA SIDNEY MOLINA SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Em ensaio sobre a obra de Richard Wagner (1813-1883), o filósofo Slavoj Zizek mostra como a pressuposição psicológica da ópera "Lohengrin", que encerra a tempor

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 10.10.2015, 10:32:00 Editado em 27.04.2020, 19:55:57
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SÓ PODE SER PUBLICADO NA ÍNTEGRA E COM ASSINATURA
SIDNEY MOLINA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Em ensaio sobre a obra de Richard Wagner (1813-1883), o filósofo Slavoj Zizek mostra como a pressuposição psicológica da ópera "Lohengrin", que encerra a temporada 2015 do Theatro Municipal de São Paulo, é que os personagens não são capazes de escutar a música orquestral.
No segundo ato, isso é decisivo: tudo, desde o prelúdio, gira em torno de dois motivos musicais curtos, associados respectivamente à pergunta proibida e à dúvida que a motiva. Se Elsa escutasse o que a orquestra eloquentemente aponta, talvez não chegasse a quebrar a promessa de jamais perguntar o nome de seu protetor.
O ponto alto da estreia, nesta semana, foi exatamente o segundo ato, antes de tudo pela qualidade da Sinfônica Municipal -dirigida com expressividade e consciência estrutural por John Neschling-, mas também pelo impecável Coro Lírico.
Na ópera, a princesa Elsa se casa com o cavaleiro que a salva (Lohengrin), sob a condição de jamais perguntar seu nome e origem. O conde de Brabante, Friedrich von Telramund, e sua mulher, Ortrud, tentarão separar o casal.
Ver em cena Marianne Cornetti (como Ortrud) e Tómas Tómasson (Frederico) é uma experiência marcante, idem para o baixo brasileiro Luiz-Ottavio Faria (rei).
Igualmente lindas e adequadas aos papéis as vozes de Tomislav Muzek (Lohengrin) e Marion Ammann (Elsa), embora a direção cênica (de Henning Brockhaus) tenha tirado um pouco da tensão afetiva do dueto culminante do terceiro ato.
A ambientação rude (repleta de panos e cadeiras), o uso de máscaras e a suposição de que o drama possa se passar na interioridade de Elsa não prejudicam a apreciação.
Mas intervenções como a volta final das máscaras e a recusa da humanização do cisne parecem desamarrar o simbolismo geométrico de Wagner. Afinal, sabemos que nada será como antes depois da passagem do cavaleiro do Graal.

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LOHENGRIN
QUANDO: sáb. (10 e 17), ter. (13 e 20) e qui. (15), às 20h; dom. (11 e 18), às 18h
ONDE: Theatro Municipal De São Paulo, praça Ramos De Azevedo, s/nº; tel. (11) 3053-2090
QUANTO: de r$ 50 a r$ 120
CLASSIFICAÇÃO: 10 anos
AVALIAÇÃO: Muito bom

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