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Preso, CEO da Match pretendia ver final no Maracanã

Mesmo após ser preso pela primeira vez, o CEO da Match, Raymond Whelan, pretendia assistir à final da Copa do Mundo no Maracanã. Alto executivo que é da empresa que negocia as entradas VIP da competição para a Fifa, ele esperava poder acompanhar o duelo e

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 18.07.2014, 12:03:01 Editado em 27.04.2020, 20:11:28
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Mesmo após ser preso pela primeira vez, o CEO da Match, Raymond Whelan, pretendia assistir à final da Copa do Mundo no Maracanã. Alto executivo que é da empresa que negocia as entradas VIP da competição para a Fifa, ele esperava poder acompanhar o duelo entre Alemanha e Argentina em um camarote ou, no mínimo, na arquibancada mesmo. No quarto do CEO, no Hotel Copacabana Palace, policiais encontraram dois ingressos em seu nome para a decisão, na quinta-feira da semana passada. Whelan passou quatro dias foragido, não foi visto no Maracanã e se entregou na última segunda, um dia após a final.

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"Ray Whelan, Fifa", lê-se nas entradas, ambas de categoria 2, assentos 10 e 11 da fileira FF, bloco 235 (atrás do gol), cada uma no valor de R$ 1,32 mil. No quarto do Copacabana Palace, deixado às pressas por Whelan com TV e ar-condicionado ligados, além de malas abertas no chão, os policiais da 18ª DP (Praça da Bandeira) encontraram também ingressos em nome da sua esposa, Ivy Byrom, e de seus filhos, Paul e Hellen.

Todos, como Raymond Whelan, são funcionários da Match. Mas nos ingressos consta que são da "Fifa". Desde a eclosão do escândalo da máfia dos ingressos, Fifa e Match têm insistido em desassociar seus nomes e esclarecer que tratam-se de entidades diferentes. Mas, como mostrou oEstadonesta semana, executivos da empresa fecharam negócios milionários nos últimos anos, no Brasil, apresentando-se como representantes do organismo que controla o futebol mundial.

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Os irmãos Enrique e Jaime Byrom controlam a Match - irmã deles, Ivy é diretora. Oficialmente, a empresa é apenas "sócia" da Fifa na venda de entradas. Mas um cartão de visitas dado por Enrique à reportagem traz somente o símbolo da Fifa e, em nenhum momento, o nome da Match.

Dos 84 ingressos encontrados no quarto de Raymond Whelan, sete estavam em nome de seu filho, Paul, e onze em nome de seu sobrinho Harry Byrom, filho de Enrique. Ambos trabalham na Match. Em 28 de junho, um sábado, Paul e Harry tinham, cada um, entradas para jogos em cidades diferentes que aconteciam praticamente ao mesmo tempo: as oitavas de final entre Brasil e Chile, no Mineirão, às 13 horas, e entre Uruguai e Colômbia, no Maracanã, às 17 horas. A primeira partida, decidida nos pênaltis, terminou uma hora antes da segunda - a distância entre os dois estádios é de 446 quilômetros.

Na sexta-feira, um dia após Whelan ter nova prisão decretada pela Justiça, o GAP (Grupo de Apoio aos Promotores), do Ministério Público, esteve no apartamento de Paul, na Barra da Tijuca. Segundo o promotor Marcos Kac, o local dava a impressão de ter sido revirado pouco antes. Nada de muito significativo foi apreendido: tíquetes de acomodação, réplicas de 'tacinhas' da Copa do Mundo e dinheiro. O MP suspeita que o apartamento possa ter funcionado como uma base avançada da central ilegal de venda de ingressos que operava no Copacabana Palace, onde esteve reunida a cúpula da Fifa durante o Mundial.

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EXPLICAÇÕES - Em nota, a Match explicou que o "regulamento da Fifa" permite a compra de até dois ingressos para a final, e que "quando o requerente principal não tem certeza de seu convidado, o nome dele é impresso nos bilhetes". Segundo a empresa, a quantidade de ingressos impressos para a família de Whelan também é "usual". "Ivy Byrom, Ray Whelan, Paul Whelan e Helen Whelan trabalharam para a Match e todos fizeram solicitações de ingressos", informou a companhia.

Sobre a descrição "Fifa" nos ingressos de todos, a Match informou que "os bilhetes foram vendidos seguindo as regras que regem a venda de ingressos para a comunidade do futebol e todos os ingressos foram fornecidos a partir da Fifa Football Community Tickets".

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