SÃO PAULO, SP - Apesar de decepcionado com a eliminação do São Paulo na Copa do Brasil para o Bragantino e com a "paciência perto do fim", o presidente do clube tricolor, Carlos Miguel Aidar, afastou qualquer possibilidade de demitir Muricy Ramalho.
O cartola deu entrevista por conta da eliminação da véspera. Assegurou mais de uma vez a permanência do treinador até o final de seu contrato, que termina no final da temporada 2015.
"Eu não mudei minha opinião e minha avaliação. O Muricy será nosso treinador até quando ele quiser e por mim até o fim da minha gestão. Gosto muito dele, sempre gostei", disse o cartola.
Aidar disse que não conversou com o treinador e a comissão técnica após a derrota para o Bragantino por 3 a 1, na quarta (13), que culminou na eliminação do time tricolor da Copa do Brasil.
"Fui embora antes do jogo terminar e hoje não tive tempo. Mas até domingo [clássico contra o Palmeiras, no Pacaembu] tem tempo e certamente vou conversar", explicou.
O dirigente também disse, em tom que indicou brincadeira, que está perdendo a calma. "Segundo minha terapeuta está no fim já", disse, aos risos.
Mas a entrevista do cartola transcorreu de forma tranquila e com tom tranquilo. O dirigente apontou problemas táticos no time, falou em "repetição de momentos infelizes" no Brasileiro e na Copa do Brasil e em "culpa da diretoria".
"O time do São Paulo tem deixado a desejar. Às vezes, nem sempre o futebol bonito traz títulos. Às vezes, futebol mais efetivo é que funciona. O São Paulo toma gols bobos, de bola parada. E não é por falta de treino", disse o presidente tricolor.
"Falta alguma coisa. Entrosamento, malícia para segurar a bola. Não dá para tomar três gols do Bragantino. Tínhamos a vantagem de jogar para empatar. Era só tocar a bola. Mas abrimos o jogo. Deixamos a desejar. Estou decepcionado", completou.
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