Hamilton contém euforia e comemora reaproximação do pai

SÃO PAULO, SP - Vencedor das últimas duas etapas do Mundial de F-1 e novo líder do campeonato depois do GP de Cingapura, realizado no último domingo (21), Lewis Hamilton não quer se deixar levar pela euforia do momento.
Faltando apenas cinco etapas para o fim da temporada, o piloto da Mercedes tem só três pontos a mais que seu companheiro de time, Nico Rosberg, que abandonou a última corrida após problemas no volante de seu carro.
"Talvez este seja o começo de uma boa fase, mas não é algo em que eu fico pensando porque isso pode mudar de uma hora para a outra", disse o inglês, que teve vários problemas em treinos de classificação neste ano, como na Áustria, na Alemanha e na Hungria, e sofreu com três abandonos nesta temporada.
"Basta olhar para o que aconteceu com o Nico. Ele teve bons resultados e viveu uma ótima fase, mas um abandono e as coisas mudaram", afirmou Hamilton, que está em Kuala Lumpur, na Malásia, trabalhando para um dos patrocinadores da Mercedes -a próxima etapa do Mundial é apenas em duas semanas, em Suzuka, no Japão.
"A gente nunca sabe o que está por vir. Estou feliz por estar guiando bem, por ter conseguido algumas poles e por ter maximizado os resultados nas corridas. Mas não penso em fase porque temos que nos focar em uma corrida por vez".
Um dos motivos para estar neste bom momento, diz Hamilton, é estar novamente se relacionando com o pai, Anthony, que era seu empresário até 2010, quando eles decidiram seguir caminhos separados.
Desde o início do ano, porém, eles voltaram a se aproximar e o pai estava em Cingapura para ver a vitória do filho, o que já havia acontecido nas outras duas vezes em que ele foi a GPs neste ano.
"Lembro quando disse há alguns anos, quando meu pai ainda era meu empresário, que não via a hora de ter ele por perto apenas como pai. E é isso o que está acontecendo agora e é uma das melhores sensações que eu podia ter", afirmou Hamilton.
"Antes da corrida ele veio no meu carro e apertou minha mão. Isso é muito especial. Desde a minha primeira corrida nós criamos um aperto de mão especial e desta vez ele veio e me senti novamente como se eu tivesse oito ano de idade".