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Grupo que atacou em Nairóbi tem recrutas estrangeiros e impõe islamismo radical

SÃO PAULO, SP, 22 de setembro (Folhapress) - O ataque ao shopping Westgate, em Nairóbi, é a ação mais ousada e visível do grupo somali Al Shabab ("A Juventude"), afiliado à Al Qaeda. Até agora, estão confirmados 59 mortos e 175 feridos, e o grupo ainda

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 22.09.2013, 16:00:00 Editado em 27.04.2020, 20:24:27
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SÃO PAULO, SP, 22 de setembro (Folhapress) - O ataque ao shopping Westgate, em Nairóbi, é a ação mais ousada e visível do grupo somali Al Shabab ("A Juventude"), afiliado à Al Qaeda. Até agora, estão confirmados 59 mortos e 175 feridos, e o grupo ainda mantém um número incerto de reféns sob seu poder.

Logo após o ataque em Nairóbi, eles publicaram mensagens no Twitter como "o que os quenianos estão testemunhando é justiça por crimes cometidos pelo Exército". Tropas do Quênia estão no sul da Somália desde 2011, dando apoio aos principais opositores da Al Shabab na região.

O grupo, surgido em 2006 a partir de facções tribais, sempre foi próximo à Al Qaeda. Em fevereiro de 2012, porém, eles divulgaram um vídeo oficial jurando lealdade ao egípcio Ayman al-Zawahiri, sucessor escolhido pessoalmente por Osama Bin Laden e líder da Al Qaeda desde sua morte, em 2011.

Segundo o Centro Nacional de Contraterrorismo, um órgão oficial dos Estados Unidos, existem relatos de que os líderes do Al Shabab são treinados no Afeganistão.

Eles dominam principalmente cidades rurais na região sul da Somália, que faz fronteira com o Quênia, desde 2006. Lá, impõem uma interpretação especialmente radical do islamismo, que inclui penas como o apedrejamento de mulheres e a amputação de mãos de criminosos.

Por algum tempo, o grupo teve base em Mogadício, a capital somali, mas foi expulso em 2011. Há um ano, o Al Shabab também perdeu seu domínio sobre o porto de Kismayo, onde obtinha parte importante de seu financiamento por meio de impostos.

A última vez em que um ataque seu teve tamanha visibilidade foi em 11 de julho de 2010, quando dois ataques de homens-bomba mataram 77 pessoas que assistiam à final da Copa do Mundo em Kampala, Uganda.

O Al Shabab foi listado pela ONU (Organização das Nações Unidas) como uma das facções que recrutam crianças como soldados para a sua guerra contra o governo somali e seus aliados. O grupo também tem entre seus membros vários estrangeiros, incluindo cidadãos britânicos e norte-americanos.

Dentre os recrutas estrangeiros, o mais notório foi Omar Hammami, um jovem nascido no Alabama e recrutado pela Al Shabab em 2006. Ele chegou a se tornar um líder tido como carismático e que, em 2009, lançou um vídeo criticando um pronunciamento de Barack Obama. Os Estados Unidos chegaram a oferecer uma recompensa de US$ 5 milhões por sua captura.

Há uma semana, porém, circularam relatos de que o "jihadista americano", como era conhecido, teria sido morto numa emboscada de seus próprios correligionários. Em abril, ele reclamou no Twitter de que o líder da Al Shabab teria "enlouquecido" e que pretendia "iniciar uma guerra civil".

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