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Cantando a favela, São Clemente não emociona o público

As favelas cariocas retratadas pela São Clemente não animaram o público na Marquês de Sapucaí. Nem mesmo a arquibancada do setor 1, em geral, um termômetro do desempenho da escola na avenida, sacudiu com a passagem da bateria dos mestres Gilberto e Caliqu

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 03.03.2014, 02:30:01 Editado em 27.04.2020, 20:18:06
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As favelas cariocas retratadas pela São Clemente não animaram o público na Marquês de Sapucaí. Nem mesmo a arquibancada do setor 1, em geral, um termômetro do desempenho da escola na avenida, sacudiu com a passagem da bateria dos mestres Gilberto e Caliquinho. Eles só respondiam com animação quando eram chamados pelo intérprete Igor Sorriso.

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A São Clemente apostou na mistura de funk e samba. O carnavalesco Max Lopes vestiu os ritmistas de funkeiros e os diretores de bateria de DJ para comandar a festa. "Trazemos um funk diferente que se mistura com o samba", garantiu mestre Gilberto.

A rainha de bateria Raphaela Gomes, de apenas 15 anos, ainda tímida com a estreia na avenida, arriscou alguns passos de funk. Vestida de funkeira, ela foi acompanhada pelo pai e presidente da escola, Renato Gomes, do início ao fim da avenida. "Estou nervosa, mas amo a escola e estou preparada. A bateria vai dar um show de funk e eu vou dançar com os ritmistas", disse antes do desfile.

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Apesar da pouca idade, ela liderou os 260 ritmistas da São Clemente e convidou o público a aplaudir a escola de Botafogo. "Minha grande inspiração é minha prima Bruna (Almeida, rainha da escola até o ano passado) e um pouco de cada uma das outras rainha".

Para o carnavalesco Max Lopes, o destaque da escola foi a comissão de frente que retratou duas fases da favela. Na primeira fase, os excluídos, pobres e retirantes em suas casas de madeira. Na segunda, a fase atual, com casas de alvenaria, onde moram piriguetes, vendedores ambulantes, motoqueiros e funkeiros.

As sete alegorias contaram a história e a cultura das favelas. O abre alas, que mostrou a Guerra de Canudos, é todo artesanal, segundo Lopes. O segundo carro retratou a primeira favela carioca: o Morro da Providência, formado pelos soldados que lutaram em Canudos. Um carro representou as favelas da Índia e trouxe Madre Teresa de Caucutá.

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No carro do baile funk, que passou cercado por quatro tripés que representavam figuras do funk como o DJ black power e a dançarina, vieram personalidades do funk como MC Serginho, MC Marcelly e dançarinas do ritmo.

No ano em que a São Clemente cantou as favelas, grande parte dos integrantes veio dos morros Dona Marta e Vidigal, na zona sul. "Os integrantes formaram uma grande família. Esse é nosso diferencial", afirmou o carnavalesco Max Lopes.

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