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Rússia corta desconto de 30% no gás que vende ao país

SÃO PAULO, SP, 4 de março (Folhapress) - A Comgaz, subsidiária da companhia russa Gazprom, anunciou hoje que deixará de dar desconto no gás natural que vende à Ucrânia. A medida deve ser mais um golpe na economia cambaleante do país, que importa da Rús

Da Redação

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Publicado em 04.03.2014, 19:42:00 Editado em 27.04.2020, 20:18:01
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SÃO PAULO, SP, 4 de março (Folhapress) - A Comgaz, subsidiária da companhia russa Gazprom, anunciou hoje que deixará de dar desconto no gás natural que vende à Ucrânia. A medida deve ser mais um golpe na economia cambaleante do país, que importa da Rússia mais da metade do combustível que consome.

Um acordo firmado em dezembro entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o então líder ucraniano, Viktor Yanukovich, dava à Ucrânia um desconto de cerca de 30% no valor do gás o metro cúbico do combustível, que custava US$ 400 (R$ 920), passou a US$ 268,50 (R$ 617).

O contrato, entretanto, precisava ser revalidado a cada três meses, e nesta terça ocorreu sua primeira revisão.

O presidente russo disse na televisão local que a Ucrânia ainda não havia pago sua dívida com a empresa de gás.

"Eles falharam em honrar a dívida. Acredito que hoje [a dívida] seja de US$ 1,5 bilhão (R$ 3,45 bi) e, se não pagarem em fevereiro, será de US$ 2 bilhões (R$ 4,6 bi). Por isso vamos voltar aos preços normais. Faz sentido comercialmente, não tem nada a ver com a situação na Ucrânia", disse.

Em janeiro, Putin havia dito em pronunciamento que deveria manter o desconto e que honraria a promessa de empréstimos somando US$ 15 bilhões (R$ 34,5 bi) ao país vizinho, não importando quem estivesse no poder.

"O empréstimo é para ajudar o povo comum da Ucrânia, que sofre, e não o governo", afirmara. Os repasses, porém, foram congelados após a queda de Yanukovich.

Para compensar a perda de apoio financeiro russo, o secretário de Estado americano, John Kerry, chegou a Kiev hoje trazendo na mala um plano de auxílio de US$ 1 bilhão (R$ 2,3 bilhões) e a promessa de assistência técnica ao governo que se forma no país europeu. O montante virá como empréstimos internacionais para que o país possa saldar dívidas.

Assim que desembarcou, Kerry foi visitar um memorial para os mais de 80 mortos em protestos contra Yanukovich neste ano.

"Esperamos que as tropas russas deixem a Crimeia, e também esperamos sua ajuda", disse a ele uma mulher. "Estamos tentando", respondeu Kerry.

A União Europeia anunciou que também vai dar auxílio financeiro à Ucrânia. O pacote deve ser divulgado hoje.

Além disso, especialistas do FMI iniciaram hoje em Kiev reuniões com as novas autoridades para analisar a economia e criar um plano de ajuda para o país.

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