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OEA suspende reunião sobre crise no país por falta de acordo

SÃO PAULO, SP, 7 de março (Folhapress) - A Organização dos Estados Americanos (OEA) decidiu suspender na madrugada de hoje uma reunião extraordinária sobre a violência na Venezuela, após divergências por uma proposta peruana de convocar o secretário-g

Da Redação

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Publicado em 07.03.2014, 09:40:00 Editado em 27.04.2020, 20:17:55
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SÃO PAULO, SP, 7 de março (Folhapress) - A Organização dos Estados Americanos (OEA) decidiu suspender na madrugada de hoje uma reunião extraordinária sobre a violência na Venezuela, após divergências por uma proposta peruana de convocar o secretário-geral para monitorar a situação no país.

Após mais de oito horas de debate a portas fechadas, a reunião do Conselho Permanente da OEA foi suspensa durante a madrugada e será retomada às 10h locais (12h de Brasília).

"Não houve acordo no Conselho Permanente e a sessão prosseguirá na sexta-feira [hoje]. Ainda não sabemos quais serão os resultados", disse o embaixador do Panamá, Arturo Ulises Vallarino.

As delegações não alcançaram acordos sobre uma proposta boliviana, respaldada pela Venezuela, e tampouco sobre a iniciativa do Peru e outra do Panamá de convocar uma reunião de chanceleres para avaliar a crise. "Os dois objetivos intervencionistas não avançaram. É um fracasso da iniciativa", comemorou o embaixador venezuelano Roy Chaderton.

O projeto do Panamá, que havia convocado a reunião, foi abandonado rapidamente com a participação importante dos países caribenhos --que representam quase metade dos 34 votos do Conselho--, por ter sido considerado "prematuro", reconheceu Vallarino.

Em seguida, a Bolívia, com o apoio da Venezuela e seus aliados da Alba, apresentou um projeto de resolução centrado em um pedido de diálogo, uma condenação da violência e no respeito aos direitos humanos, entre outros pontos.

A este projeto, o Peru propôs o acréscimo de um mecanismo para monitorar a situação na Venezuela e informar o Conselho. Este dispositivo seria coordenado pelo secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, que poderia propor mecanismos para ajudar a resolver a crise, segundo Vallarino.

A iniciativa peruana, respaldada por Panamá, Chile, México, Canadá e Estados Unidos, foi rejeitada de cara pelo grupo da Alba. Depois, o projeto boliviano nem sequer chegou a uma votação, segundo o representante panamenho.

O secretário-geral da OEA já havia alertado para as divergências dentro da organização.

A Venezuela registra há um mês protestos de estudantes e da oposição contra a criminalidade e o alto custo de vida.

Vinte pessoas morreram e quase 300 ficaram feridas nas manifestações. Além disso, também foram denunciados vários casos de violações dos direitos humanos.

Apesar das divergências a respeito da situação venezuelana, o debate na OEA foi "bastante tranquilo", afirmou o secretário-geral.

A sessão da OEA está marcada pela ruptura de relações entre Venezuela e Panamá, acusado por Caracas de facilitar uma intervenção estrangeira por solicitar um debate sobre os protestos no fórum regional.

O presidente Nicolás Maduro surpreendeu na noite de quarta-feira ao anunciar o rompimento das relações políticas e diplomáticas, assim como o congelamento das ligações comerciais com o Panamá.

Maduro advertiu ainda que qualquer tentativa de interferência de outros governos será respondida com "força e contundência" e negou o acesso ao país de qualquer missão de organismo multilateral. A Unasul anunciou que debaterá a situação na Venezuela na próxima semana no Chile.

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