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Prisões e greve agravam lotação em cadeias da região

SÃO PAULO, SP, 18 de março (Folhapress) - A lotação nas cadeias públicas da região de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) se agravou no final de semana sem a transferência dos presos para as penitenciárias por causa da greve dos agentes prisionais. De

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Publicado em 18.03.2014, 09:30:00 Editado em 27.04.2020, 20:17:27
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SÃO PAULO, SP, 18 de março (Folhapress) - A lotação nas cadeias públicas da região de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) se agravou no final de semana sem a transferência dos presos para as penitenciárias por causa da greve dos agentes prisionais.

De acordo com levantamento feito a partir das informações policiais, a lotação ultrapassou em 66% a capacidade em quatro cadeias da região: São Carlos (232 km de São Paulo), Batatais (352 km), Severínia (419 km) e Santa Rosa de Viterbo (283 km).

Hoje, eram 171 presos. Já na sexta (14), eram 150. Juntas, as cadeias têm capacidade para 103 presos. Caso nenhuma solução seja tomada, a situação pode piorar. Hoje, a greve dos agentes penitenciários entra no oitavo dia.

Segundo os policiais, as cadeias estão abrigando presos que já deveriam estar em CDPs (Centros de Detenção Provisória), onde ficam à espera do julgamento judicial. A cadeia de Santa Rosa do Viterbo, que tem capacidade para abrigar 36 presos, recebeu 11 detentos no final de semana e até esta segunda estava com 56, segundo a Polícia Civil.

Em São Carlos, que tem 30 vagas, abrigava 45 nesta segunda. Do total, 18 deles aguardam transferência para o CDP de Araraquara (273 km de São Paulo).

"Os presos estão sendo remanejados, mas se a greve não acabar, não sabemos como será. Está ficando tudo lotado", afirmou Célio Antonio Santiago, vice-presidente do Sinpol (Sindicato dos Policias Civis da Região de Ribeirão Preto).

Segundo ele, em quatro dias a situação pode se agravar, com riscos. Segundo o setor de comunicação social da Delegacia Seccional de Ribeirão, as cadeias receberam reforço de policiais por segurança.

O delegado seccional Adolfo Domingos da Silva afirmou que nenhum preso ficará em distrito policial.

Entidades que representam os agentes penitenciários no Estado informaram que, caso não haja acordo com o governo estadual, as visitas aos presos no final de semana serão suspensas.

"Os detentos e os familiares já foram informados", disse João Alfredo de Oliveira, do sindicato dos funcionários prisionais.

Segundo a Secretaria da Administração Penitenciária, 88 unidades foram afetadas pela greve.

Protesto

Agentes penitenciários em greve no Estado organizaram um protesto na manhã de hoje em frente ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual, em São Paulo.

De acordo com o Sindasp (Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo), a previsão é de que saiam ônibus das cidades de Presidente Prudente (558 km de São Paulo), Ribeirão Preto, São José do Rio Preto (438 km) e Andradina (627 km).

Os manifestantes deverão se concentrar na praça Vinícius de Moraes, na capital. De lá, realizarão uma passeata em direção ao palácio.

Em nota, a SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) informou que mantém diálogo com a categoria e que espera que seja cumprida a decisão judicial, que proíbe os agentes de impedir a transferência de presos.

A decisão também proíbe que os agentes impeçam os detentos de receber assistência jurídica e familiar. As coordenadorias regionais deverão realizar um levantamento sobre possíveis descumprimentos da liminar e o balanço será enviado à Justiça, segundo a SAP.

A decisão foi publicada na última sexta-feira. O Sindasp e o Sinfuspesp informaram que não foram notificados de nenhuma decisão da Justiça.

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