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SEGURANÇA-BA 3 - (ATUALIZADA)

Líder preso manda recado e PMs baianos descartam nova greve Por João Pedro Pitombo e André Uzêda, Enviado especial SALVADOR, BA, 18 de abril (Folhapress) - Preso pela Polícia Federal hoje à tarde, o soldado Marco Prisco, líder da greve promovida nesta s

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 18.04.2014, 22:58:00 Editado em 27.04.2020, 20:15:58
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Líder preso manda recado e PMs baianos descartam nova greve




Por João Pedro Pitombo e André Uzêda, Enviado especial

SALVADOR, BA, 18 de abril (Folhapress) - Preso pela Polícia Federal hoje à tarde, o soldado Marco Prisco, líder da greve promovida nesta semana pela Polícia Militar da Bahia, orientou os membros de sua associação a não retomar a paralisação em protesto contra a detenção.

A informação foi confirmada na noite de hoje pelo advogado e por dirigentes da Aspra (Associação dos Policiais e Bombeiros da Bahia), a associação comandada por Prisco.

O recado arrefeceu o ânimo de policiais que se reuniram nesta noite para discutir a possibilidade de uma paralisação motivada pela prisão de Marco Prisco, que é vereador em Salvador pelo PSDB.

Prisco foi detido pela Polícia Federal na região da Costa do Sauípe (litoral norte da Bahia). Segundo o Ministério Público Federal e a Polícia Federal, ele estava em um resort -a defesa nega e diz que ele foi preso no caminho do hotel, onde seguia para descansar com a família.

A Procuradoria pediu a prisão no curso de uma ação referente à greve anterior da categoria, de 2012. O pedido, contudo, foi feito na última segunda-feira, quando a nova paralisação -iniciada na terça-feira- já era iminente. A Procuradoria reconhece que o pedido foi feito em razão da ameaça de nova greve, que acabou se concretizando.

Como a ordem de prisão partiu da Justiça Federal, o soldado foi levado de helicóptero ao aeroporto de Salvador, de onde seguiu para o complexo penitenciário da Papuda, em Brasília.

A detenção veio um dia após os grevistas fecharem acordo com o governo Jaques Wagner (PT), que ontem negou relação com a prisão e disse que mantém os itens acertados com a categoria. O comando da PM emitiu conclamando os policiais a se manterem em serviço.

No acordo que encerrou a greve, o governo Wagner aceitou elevar gratificações por funções e abrir nova discussão sobre o código de ética da corporação e plano de carreira.

Mesmo com o reforço de tropas federais, que permanecem no Estado, a greve foi marcada pelo aumento da violência no Estado: houve saques e ao menos 52 homicídios na Grande Salvador em 46 horas -a média é de cinco casos por dia.

Com a notícia da prisão, PMs começaram a se mobilizar para uma assembleia. Alguns anunciavam a possibilidade de nova paralisação.

Assembleia

Por meio de redes sociais, os policiais convocaram uma assembleia para a praça Municipal, centro de Salvador, em frente à Câmara Municipal. Cerca de cem pessoas se concentraram no local, mas nenhum líder apareceu para comandar a reunião. Não houve oradores.

Por volta das 22h, o tenente coronel Edmílson Tavares, presidente da associação de oficiais Força Invicta, telefonou para policiais da entidade que estavam na praça, pedindo para que o grupo se dispersasse para evitar confrontos com forças federais que foram para a cidade reforçar o policiamento durante a greve.

Cerca de uma hora antes, os policiais presentes na praça haviam hostilizado e vaiado policiais da Força Nacional e até da própria Polícia Militar que passaram em carros das corporações.

Por volta das 22h30, a praça já estava vazia.

Recuo

Após emitir uma moção de repúdio ao governo e conclamar os policiais a uma nova paralisação, o deputado estadual Capitão Tadeu (PSB) -que também é policial- recuou.

"Pedi para os policiais ficarem aquartelados para acalmar os ânimos e evitar qualquer tipo de ação isolada" afirmou à Folha de S.Paulo o deputado, descartando a convocação de uma nova greve.

Um grupo de filiados à associação de Prisco deverá chegar a Brasília amanhã para definir um cronograma de ações contra a prisão de Prisco.

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