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PM não aparece em delegacia para registrar ocorrência

Por João Pedro Pitombo e André Uzêda, Enviado especial SALVADOR, BA, 19 de abril (Folhapress) - A "operação tartaruga" anunciada por policiais militares da Bahia prejudicou hoje os trabalhos numa das delegacias mais movimentadas de Salvador. Entre 8h

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 19.04.2014, 18:51:00 Editado em 27.04.2020, 20:15:55
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Por João Pedro Pitombo e André Uzêda, Enviado especial

SALVADOR, BA, 19 de abril (Folhapress) - A "operação tartaruga" anunciada por policiais militares da Bahia prejudicou hoje os trabalhos numa das delegacias mais movimentadas de Salvador. Entre 8h e 15h, nenhum PM havia aparecido no 1º Distrito Policial, na região dos Barris, para registrar ocorrência ou conduzir presos.

A situação, segundo o chefe do plantão no local, agente Milton Manoel, era completamente atípica: segundo ele, o movimento de PMs na unidade costuma ser intenso mesmo em feriados. "Só tinha visto algo assim em outras greves [da PM]", afirmou.

Na delegacia, que responde por amplas áreas de Salvador, como centro, Barbalho, Sete Portas, Comércio e Garcia, apenas oito ocorrências -quatro roubos e quatro furtos- haviam sido registradas no período todas pelas próprias vítimas.

A espécie de "greve branca" da categoria começou a ser articulada após PMs passarem a madrugada de sábado aquartelados, em protesto contra a prisão, na véspera, de Marco Prisco, vereador pelo PSDB em Salvador e líder da greve que a categoria promoveu nesta semana.

Oficiais graduados percorreram quartéis de manhã apelando pelo retorno e ameaçando demitir grevistas. Soldados ouvidos pela Folha de S.Paulo diziam que retomariam as funções, mas apenas por medo de retaliações.

O plano, contudo, era atender apenas chamados urgentes da população ou situações de risco que envolvessem outros policiais.

"Vou cumprir as 12 horas do meu turno, mas não vou registrar ocorrência nenhuma. Só viemos para a rua porque o comando ameaçou nos demitir", disse um soldado que pediu anonimato.

Espontânea

Representante da Aspra, a associação de praças liderada por Prisco, o soldado Ivan Leite confirmou a "operação tartaruga", mas procurou se dissociar da ação classificou a atitude dos PMs como "espontânea" e "natural".

"A tropa se sentiu traída pelo governo [após a prisão de Prisco]. É normal que os policiais não retornem ao trabalho com força total", afirmou.

A greve da PM baiana se estendeu de terça a anteontem. Foi acompanhada por uma explosão da violência em cidades como Salvador e Feira de Santana, e terminou com governo e grevistas cedendo em concessões e reivindicações.

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