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ATUALIZADA - Linchamento é lembrado em júri de ex-médico que esquartejou ex

ROGÉRIO PAGNAN E MARINA GAMA SÃO PAULO, SP - O linchamento da dona de casa Fabiane Maria de Jesus, 33, no Guarujá, foi utilizado hoje pela defesa do ex-médico Farah Jorge Farah para tentar reduzir sua pena. Ele é réu no processo sobre o assassinato de su

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 14.05.2014, 23:19:00 Editado em 27.04.2020, 20:14:44
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ROGÉRIO PAGNAN E MARINA GAMA
SÃO PAULO, SP - O linchamento da dona de casa Fabiane Maria de Jesus, 33, no Guarujá, foi utilizado hoje pela defesa do ex-médico Farah Jorge Farah para tentar reduzir sua pena. Ele é réu no processo sobre o assassinato de sua ex-amante.
Na argumentação da defesa, não considerá-lo como incapaz de compreender totalmente seus atos na hora do crime seria uma injustiça e atitude de "uma cambada em praça pública linchando". "É a vida de alguém que está em jogo", disse o advogado Odel Antun, um dos defensores.
Farah está sendo julgado pela segunda vez pelo homicídio e esquartejamento de sua ex-amante e paciente Maria do Carmo Alves, em janeiro de 2003, após o Tribuna de Justiça anular a primeira decisão que o condenou 13 anos de prisão.
A anulação ocorreu porque os desembargadores entenderam que um lado oficial, que apontava pela semi-imputabilidade (não tinha total compreensão dos seus atos do momento do crime) do réu, foi desconsiderado pelos jurados durante o primeiro julgamento.
A defesa do médico afirmou que se os jurados não considerassem esse documento, o que pode ocorrer, seria um julgamento feito pela emoção e não pela razão. Considerá-lo semi-imputável pode reduzir em até dois terços da pena ou trocá-la por internação em unidade psiquiátrica.
"Você o olha o corpo e dá um julgamento. Se não, a gente a volta para linchamento. Se não a gente volta para o caso do Guarujá, da mulher que foi linchada", disse Antun.
Durante em seu interrogatório, que durou quatro horas, Farah manteve a versão de que matou a ex-amante em momento de estresse muito grande e em legítima defesa.
"Eu agi de acordo com a lei. Eu agi em legítima defesa da minha vida e para proteger meu pai e minha mãe", afirmou Farah.
O ex-médico, teve seu registro cassado em 2006, voltou a dizer que não se recorda das sequências dos fatos. A última lembrança foi entrou em lutar corporal com vítima após sofrer nova ameaça em seu consultório.
O crime foi descoberto dias depois, após o então médico confessar à família do crime. A polícia encontrou o corpo da ex-amante em sacos de lixo dentro do seu carro.
Já o Ministério Público, rebateu a tese que o médico agiu durante um surto psicótico. Segundo o promotor André Luiz Bogado Cunha, Farah premeditou o crime e armou uma "arapuca" à ex-amante. "E a coitadinha caiu como um passarinho."
O principal motivo teria sido uma suposta denúncia feita pela Maria do Carmo à vigilância sanitária que levaram à interdição da clínica de Farah. Em seu interrogatório, o ex-médico negou essa desconfiança. O julgamento ainda não havia sido concluído por volta das 23h de hoje.

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