SÃO PAULO, SP - A Fehosp (Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Estado de São Paulo) afirmou nesta quarta-feira (23) que recebeu "com pesar o comunicado" sobre a interrupção dos atendimentos de urgência e emergência na Santa Casa de São Paulo, maior hospital filantrópico da América Latina.
A entidade afirma, também, não ver com surpresa a notícia do fechamento. "Infelizmente, a Federação não vê com surpresa essa notícia, pois conhece a fundo o cenário dos filantrópicos e a crise vivenciada há anos por todas as instituições que atendem o SUS", diz a Fehosp, em nota.
O pronto-socorro foi fechado na tarde desta terça e ainda não reabriu. O hospital informou que o motivo é a falta de recursos para comprar medicamentos e materiais como seringas e agulhas. De acordo com o provedor do hospital, Kalil Rocha Abdalla, a Santa Casa tem uma dívida de R$ 50 milhões com fornecedores que se negam a entregar novas encomendas enquanto o valor não for pago.
A Fehosp diz que os hospitais filantrópicos destinam mais de 60% de suas capacidades assistenciais ao SUS (Sistema Único de Saúde). Diz, ainda, que os recursos públicos destinados a esses hospitais são deficitários, "na ordem de R$ 5,1 bilhões por ano, consolidado no país."
"Diante de tal custeio hoje deficitário é possível sobreviver? Fechar é o caminho a ser indicado? O que fazer com 150 milhões de brasileiros que só tem o SUS como seu sistema de saúde, diante da insolvência e do fechamento da maioria das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos? É hora do bom senso e da prevalência do interesse maior da sociedade brasileira, especialmente aquela dependente do SUS", diz o diretor-presidente da Federação, Edson Rogatti, em nota.
Escrito por Da Redação
Publicado em 23.07.2014, 16:22:00 Editado em 27.04.2020, 20:11:14
Siga o TNOnline no Google NewsContinua após publicidade
continua após publicidade
Deixe seu comentário sobre: "4 - Não vimos surpresa, diz entidade sobre fechamento do PS da Santa Casa"