SÃO PAULO, SP - Pelo menos dez pessoas morreram em um ataque de forças israelenses a uma escola gerenciada pela ONU no norte da faixa de Gaza, nesta quinta-feira (24). A informação é do Ministério da Saúde de Gaza, que afirma também existirem mais de cem pessoas feridas.
Conforme as autoridades palestinas, o prédio estava ocupado por mulheres e crianças que tinham deixado suas casas por causa dos bombardeios.
No último dia 8, Israel lançou uma operação militar chamada Margem Protetora com o intuito de desmantelar o movimento radical islâmico Hamas, que governa Gaza, a quem acusa de disparar foguetes contra seu território -seriam mais de 2.000, no mesmo período.
Mais de 700 palestinos -na maioria civis- já foram mortos. Do lado israelense, foram 32 militares e três civis, sendo um tailandês.
O prédio da escola foi o quarto alvo da ONU (Organização das Nações Unidas) atingido desde o começo da operação.
Mais cedo, seis pessoas de uma mesma família e um menino de um ano e meio de idade morreram em um ataque contra o campo de refugiados de Jebaliya, ainda segundo fontes palestinas.
Um dos principais focos de Israel são os túneis usados pelos palestinos para contrabandear todo tipo de produto, uma vez que estão sob forte embargo econômico -outra medida israelense que visa minar os extremistas.
CIVIS
Israel afirma tentar minimizar as mortes de civis enviando, minutos antes dos bombardeios, alertas a ocupantes de "alvos" -por meio de bilhetes jogados no ar e de telefonemas. "Os terroristas atiram foguetes a partir de escolas, mesquitas, hospitais e locais populosos", afirmou o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, nesta quinta-feira. "Nós estamos tentando e estamos fazendo o que podemos para minimizar as mortes de civis, mas não nós podemos dar aos nossos agressores imunidade ou impunidade."
O secretário de Estado americano, John Kerry, permanece na região do Cairo, no Egito, de onde falou por telefone tanto com israelenses quanto com palestinos, na tentativa de chegar a um cessar-fogo.
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