RIBEIRÃO PRETO, SP - O empresário que dirigia um carro que matou avó e neta em um acidente em Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) em 20 de julho foi solto na noite desta quinta-feira (14).
Mateus José Andrade, 37, recebeu um habeas corpus do Tribunal de Justiça em São Paulo e vai responder a processo em liberdade.
Andrade estava preso desde o último dia 20 no Centro de Detenção Provisória de Ribeirão Preto e foi denunciado pelo Ministério Público por homicídio doloso duplamente qualificado.
Andrade dirigia uma Touareg e colidiu contra o Corsa onde estavam Vilma Aparecida da Silva Santos, 51, e Duane Aparecida Alves, 8, na avenida Luzitana, no Parque Ribeirão. O pedido de liberdade provisória já havia sido negado pela Justiça local.
Segundo Daniel Rondi, um dos advogados de Andrade, a saída dele não significa liberdade total a Andrade. No habeas corpus, a desembargadora Angélica de Maria Mello de Almeida determinou que o empresário se apresente à Justiça uma vez por mês, não saia da cidade sem pedido antecipado e não dirija em nenhuma circunstância.
A desembargadora entendeu que, apesar da comoção gerada pelo crime, Andrade tem direito a responder em liberdade por ter família constituída, emprego e ser primário.
Pela denúncia, o motorista estaria em alta velocidade e teria dito aos policiais que havia usado cocaína e ingerido álcool antes de dirigir. Os policiais que atenderam a ocorrência também verificaram que o empresário estava com a voz pastosa, odor etílico e confusão mental.
A defesa dele argumenta que não há provas científicas que comprovem que o rapaz estivesse embriagado. "Ele havia bebido muitas horas antes de dirigir e isso não significa embriaguez. O relatório do IML (Instituto Médico Legal) também não comprova estes sinais", disse o advogado.
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