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Polícia Militar adia reintegração após moradores resistirem na zona sul

SÃO PAULO, SP - A Polícia Militar adiou na manhã desta quinta-feira (21) a reintegração de posse de uma área invadida na rua Estevão Pedroso, na região do Parque Bristol, zona sul de São Paulo. Moradores de uma favela na área fizeram barricadas com blo

Da Redação

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Cerca de 200 policiais militares do Paraná cumpre reintegração de posse em Alvorada do Sul - Foto PMPR- Divulgação
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Cerca de 200 policiais militares do Paraná cumpre reintegração de posse em Alvorada do Sul - Foto PMPR- Divulgação
Escrito por Da Redação
Publicado em 21.08.2014, 09:09:00 Editado em 27.04.2020, 20:10:24
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SÃO PAULO, SP - A Polícia Militar adiou na manhã desta quinta-feira (21) a reintegração de posse de uma área invadida na rua Estevão Pedroso, na região do Parque Bristol, zona sul de São Paulo.

Moradores de uma favela na área fizeram barricadas com blocos de concreto e fogueiras com pedaços de madeira e colchões nas entradas da favela para impedir a entrada da PM. Segundo o grupo, cerca de 350 famílias moram na área ocupada.

Os moradores mostraram à reportagem um documento do batalhão da área, com data de 13 de agosto, informando que a reintegração de posse do local iniciaria as 4h30 desta quinta.

O grupo reclama do pouco tempo dado para deixarem o local. Eles também disseram que até o momento não receberam ajuda da prefeitura.

Com medo da ação da PM, parte do grupo separou lotes com estacas de madeira em um campo de futebol ao lado para demarcar o espaço para montar barracas. Na terra, eles escreveram em letras brancas a frase "lutamos por moradia na paz".

Muitas famílias retiraram móveis e eletrodomésticos das casas durante a madrugada e colocaram na rua.

Sentada em uma cadeira ao lado de uma fogueira, a desempregada Maria de Fátima Ricardo, 58, que mora sozinha em um barraco, reclama que não tem para onde ir. Ela retirou móveis e eletrodomésticos do barraco. "Agora o que eu faço? Para onde eu vou?", disse.

Chorando, a desempregada Horaldina Maria Marinho da Silva, 49, disse que "aplicou" R$ 4.500 no barraco e R$ 500 para arrumar. "Eu nunca passei por isso, sinceramente não sei o que fazer", lamenta.

Sentados na cama de casal com uma criança de três anos, a auxiliar de limpeza Lucileide Oliveira Pinto e o marido Adão Pereira da Costa olhavam desanimados para os móveis e eletrodomésticos sem saber o que fazer. "Eu não tenho condições de pagar aluguel, meu marido está desempregado. Esta todo mundo desesperado, não tenho para onde ir."

ATAQUE
A rua Padre Arlindo Vieira está interditada devido a um ônibus incendiado que permanecia no local por volta das 3h. Alguns dos sem-teto admitiram que atearam fogo a dois coletivos, por volta das 19h30 de quarta-feira (20).
Um dos coletivos ficou totalmente destruído e o outro o motorista conseguiu apagar o fogo. Equipes da Polícia Militar estão no local.

Segundo a Viasul, os ônibus da companhia vão circular normalmente apesar do protesto. A garagem da região opera 30 linhas que ligam a zona sul ao centro da capital.

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