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Acre pede ajuda a governo federal para evitar que vírus do ebola entre no país

LUCAS SAMPAIO CAMPINAS, SP - O Estado do Acre pediu ajuda ao governo federal para controlar o acesso de imigrantes senegaleses na fronteira do Brasil com o Peru, por receio de que alguém contaminado com o vírus do ebola entre no país. Assim como os hai

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 30.08.2014, 17:56:00 Editado em 27.04.2020, 20:09:51
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LUCAS SAMPAIO
CAMPINAS, SP - O Estado do Acre pediu ajuda ao governo federal para controlar o acesso de imigrantes senegaleses na fronteira do Brasil com o Peru, por receio de que alguém contaminado com o vírus do ebola entre no país.
Assim como os haitianos, senegaleses entram no país pela cidade de Assis Brasil, no Acre, antes de regularizar sua situação e viajar para outros locais do país, principalmente São Paulo, em busca de emprego.
Atualmente, dos 260 imigrantes que estão no abrigo da capital Rio Branco, 20 são senegaleses, segundo a Secretaria de Direitos Humanos do Acre.
A confirmação da primeira morte pelo vírus no Senegal nesta sexta-feira (29) fez o governo acriano acender o sinal vermelho. O infectado era proveniente da Guiné e morreu em Dakar, capital senegalesa.
"Queremos que o governo federal mande uma equipe técnica capacitada para atuar na fronteira, no ingresso dos senegaleses no Brasil", afirma Nilson Mourão, secretário de Direitos Humanos do Acre.
"Eles têm de ser fiscalizados e monitorados, e não temos técnicos capazes de fazer esse controle", diz o secretário. "Não há nenhum controle na fronteira, e esse é um problema do governo federal."
Técnicos da Polícia Federal, da Receita e do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), que entram em contato direto com os imigrantes, "estão sobressaltados" por medo de serem contaminados, segundo Mourão.
"Eles ainda não pararam, mas estão muito inquietos - e com razão. Eles fazem um trabalho que tem uma relação física direta com esses imigrantes. Eles têm razão em reclamar", diz.
EPIDEMIA
O atual surto do ebola já matou mais de 1.500 pessoas na África, sobretudo em Serra Leoa, Libéria e Guiné.
O governo acriano afirma que fez o pedido para reforço nas fronteiras aos ministérios da Saúde e da Justiça há cerca de um mês, mas não obteve resposta.
Embora faça fronteira com a Guiné, Senegal não havia registrado nenhuma morte por causa do vírus. Dakar fechou sua fronteira terrestre com o país vizinho na semana passada e proibiu voos para os três países, em uma tentativa de se isolar.
Com a confirmação da primeira morte pelo vírus no Senegal, o assunto voltou a preocupar o Acre.
"Precisamos de uma resposta nesta semana. Não podemos vacilar nesse problema", cobra Mourão, que se reuniu nesta sexta (29) com a ministra Ideli Salvatti (Direitos Humanos), que esteve ontem no Estado.
"A Ideli nos recebeu, ouviu nossas preocupações e levará a nossa inquietude ao governo federal."
GOVERNO FEDERAL
A reportagem tentou e não conseguiu contato com os ministérios da Saúde e da Justiça neste sábado (30).
Na sexta-feira, o Ministério da Saúde realizou uma simulação de atendimento "em resposta a um eventual caso suspeito de ebola em viajante internacional".
O site do ministério tem uma página de perguntas e respostas sobre o ebola - uma delas sobre a possibilidade de casos no Brasil.
"Pelas características da infecção pelo ebola, a possibilidade de ocorrer uma disseminação global do vírus é muito baixa", diz a resposta.
"A seriedade do atual surto é a sua extensão, atingindo quatro países e a demora em se atingir seu controle."
Segundo a pasta, "no Brasil não há circulação natural do vírus ebola em animais silvestres, como em várias regiões da África".

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