MAIS LIDAS
VER TODOS

Geral

Diabete pode aumentar risco de demência em 50%

A diabete pode aumentar o risco de Alzheimer e outros tipos de demência em até 50%, aponta relatório anual sobre a doença divulgado ontem pela Alzheimers Disease International (ADI), organização internacional que reúne associações atuantes no tema. O info

Da Redação

·
Escrito por Da Redação
Publicado em 18.09.2014, 08:26:01 Editado em 27.04.2020, 20:08:47
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

A diabete pode aumentar o risco de Alzheimer e outros tipos de demência em até 50%, aponta relatório anual sobre a doença divulgado ontem pela Alzheimers Disease International (ADI), organização internacional que reúne associações atuantes no tema. O informe, lançado por ocasião do Dia Mundial do Alzheimer, celebrado no próximo domingo, ressalta a importância do controle dos fatores de risco evitáveis, geralmente associados aos hábitos de vida. Isso porque, segundo o documento, não é apenas a genética, o envelhecimento e o nível de atividade intelectual que contribuem para o aparecimento da doença.

continua após publicidade

O relatório diz que "o controle da diabete e da hipertensão arterial, assim como medidas que promovam o fim do tabagismo e a redução do risco cardiovascular, têm potencial para reduzir o risco de demência". Coordenadora do ambulatório de demência moderada e avançada do serviço de geriatria do Hospital das Clínicas, Lilian Schafirovits Morillo explica que existem duas frentes de conexão entre diabete e Alzheimer. "A frente direta é que existem receptores de glicose e insulina em áreas do cérebro responsáveis pela memória. O excesso de glicose e de insulina, decorrente da diabete, pode danificar essas regiões do cérebro", afirma. "De forma indireta, podemos dizer que a diabete, a hipertensão, a obesidade, o sedentarismo e o cigarro afetam as artérias do cérebro, o que piora um quadro de neurodegeneração."

Apesar da importância do controle desses fatores de risco, números apresentados no relatório mostram que a maioria da população não conhece a relação entre o Alzheimer e essas doenças. Apenas um quarto (25%) das pessoas associam a obesidade a um risco aumentado de demência. A relação entre atividade física e a redução do desenvolvimento do Alzheimer só é reconhecida por 23% das pessoas.

continua após publicidade

O controle de diabete, hipertensão e outros fatores de risco é apontado pelo relatório e por especialistas como estratégia bem-sucedida dos países ricos na prevenção do Alzheimer. Segundo o documento, há evidências de que a incidência de demência parece estar caindo nos países mais desenvolvidos, enquanto sobe nos países de média e baixa renda, como o Brasil.

Para o conselheiro da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia Rubens de Fraga Júnior, isso acontece porque os países menos desenvolvidos não têm estrutura eficaz no controle das doenças crônicas que atuam como fatores de risco para o Alzheimer. "Essa relação entre os dois problemas deve nortear as políticas públicas. Assim como os países ricos já fazem, temos de focar a prevenção do Alzheimer no controle dos fatores de risco evitáveis." As informações são do jornalO Estado de S. Paulo.

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Geral

    Deixe seu comentário sobre: "Diabete pode aumentar risco de demência em 50%"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!