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Professores da rede estadual mantêm paralisação no Paraná

Reunidos em assembleia nesta quarta-feira (4) em Curitiba, professores de todo o Paraná decidiram rejeitar as propostas do governo estadual e manter a greve da categoria, iniciada em 9 de fevereiro. O encontro aconteceu no estádio da Vila Capanema, na

Da Redação

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Professores concentrados no Platô da Praça Rui Barbosa - Foto: Tribuna do Norte
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Professores concentrados no Platô da Praça Rui Barbosa - Foto: Tribuna do Norte
Escrito por Da Redação
Publicado em 04.03.2015, 08:05:00 Editado em 27.04.2020, 20:02:18
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Reunidos em assembleia nesta quarta-feira (4) em Curitiba, professores de todo o Paraná decidiram rejeitar as propostas do governo estadual e manter a greve da categoria, iniciada em 9 de fevereiro. O encontro aconteceu no estádio da Vila Capanema, na capital.  

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Após o término da assembleia, os grevistas sairam do estádio em passeata até o Centro Cívico, onde fica a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). Cerca de 970 mil alunos seguem sem aulas no Paraná.

Em Apucarana, uma passeata envolvendo docentes das escolas públicas estaduais e também do campus local da Universidade Estadual do Paraná (Unespar) foi realizada pela manhã no Platô da Praça Rui Barbosa. Por volta das 11 horas, os educadores doaram sangue no Hemonúcleo.

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Em visita à Tribuna, na terça-feira (3) professores das escolas públicas estaduais e também da Unespar se mostraram unidos na mobilização.

Em Apucarana, uma passeata de docentes das escolas 
públicas estaduais e também do campus local da Unespar foi
realizada pela manhã - Foto: Tribuna do Norte

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“A classe do funcionalismo público estadual está unida. Estamos todos preocupados com a atual situação da educação no Paraná. Temos várias pautas em consonância. Por exemplo, o arquivamento do projeto que altera o Paranaprevidência é a nossa principal reivindicação”, afirma o professor do curso de Matemática da Unespar, Fábio Luís Baccarin.

“O Estado quer usar o dinheiro da previdência dos servidores públicos. Não podemos admitir que o governo do estado use o nosso dinheiro para cobrir o rombo do caixa feito por ele mesmo. Estamos lutando pela qualidade da educação, que passa pela manutenção dos nossos direitos enquanto docentes”, afirma João Calegari, diretor do Colégio Estadual Nilo Cairo e diretor de Comunicação da APP-Sindicato na região.

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Professores decidiram manter greve e passeata em
Apucarana teve grande adesão - Foto: Tribuna do Norte



O Governo do Paraná alega que atendeu as demandas apresentadas pelo sindicato, afirma que a rede estadual está pronta para a retomada das aulas e aguarda que os professores retornem para as salas o mais rápido possível.

Os grevistas conseguiram o pagamento da rescisão contratual dos professores temporários, a garantia do pagamento do terço de férias dos professores da educação básica e das instituições de ensino superior do Estado até 31 de março. O governo também informou que vai convocar mil professores e pedagogos aprovados em concurso, entre outras medidas adotadas.

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IMPASSE - O principal impasse entre o governo e os grevistas é a questão das progressões e promoções, segundo o presidente do APP-Sindicato, Hermes Leão: “O governo deve progressão e promoção de funcionários e professores. Eles só falaram que vão implementá-las em maio e junho, mas não apresentaram como pagar o atrasado. Isso foi muito mal recebido, e muitas pessoas não têm confiança se o que o que governo diz será efetivado”.

O governo diz que vai abrir debate sobre pagamento de atrasados. “Não existem mais razões administrativas, operacionais e financeiras que impeçam o início do ano letivo. O governo fez todo o possível para resolver a situação do magistério. Agora temos que voltar para as salas de aula para que os alunos não sejam prejudicados ainda mais”, afirmou o secretário da Casa Civil, Eduardo Sciarra.

Beto Richa enfrenta crise 

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O governo Beto Richa (PSDB) enfrenta uma crise política desde o início do ano quando foram anunciadas medidas de austeridade no orçamento, além de ter aumentado impostos e cortado o pagamento de férias e de rescisões contratuais de professores.

A divulgação de corte no repasse de orçamento das sete universidades estaduais levou os reitores a anunciarem que cortariam bolsas e poderiam fechar as portas de algumas das instituições de ensino superior por falta de dinheiro para a manutenção (custeio). 

A Universidade Estadual do Paraná (Unespar), por exemplo, teve apenas 57,6% do orçamento de manutenção estimado para 2014 liberado pelo governo, que deixou de repassar R$ 1,9 milhão do total liberado. A instituição acumula dívidas de aluguel, luz, bolsas e pagamentos a terceiros no valor de R$ 2,5 milhões.

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