​Agentes exigem mais segurança nos presídios e paralisam serviços no PR

Os agentes penitenciários do Paraná vão paralisar as atividades pelo menos até quarta-feira (1º) em todo o Paraná para protestar contra a falta de segurança dentro e fora dos presídios. Ao G1, o diretor do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen), José Roberto Neves explicou que somente em março deste ano, dois agentes foram mortos.

Um deles estava trabalhando no momento do crime. "Os nossos agentes tomaram essa decisão por desespero porque eles estão correndo riscos diariamente. Eles não estão conseguindo trabalhar por causa das ameaças", relatou Neves. Ele disse ainda que os cerca de 3,5 mil servidores de todo o estado esperam que o secretário de Segurança Pública, Fernando Francischini, apresente alguma proposta que proporcione mais segurança para os trabalhadores. Ainda de acordo com o diretor, caso não haja alguma proposta aé quarta, os funcionários irão deflagrar greve por tempo indeterminado.

Durante o período de mobilização, os funcionários farão mobilizações como forma de protesto. No interior, os funcionários de cadeias públicas também vão se mobilizar como forma de apoio aos colegas que atuam nos presídios do estado. Somente as atividades de urgência e emergência serão realizadas.

As visitas de parentes serão impedidas durante os protestos, segundo o diretor do sindicato. Desde as 7h30 dezenas de funcionários estão reunidos em frente do Complexo Penitenciário de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. Eles protestam com faixas e cartazes. Até as 8h57, a Secretaria da Segurança Pública do Estado do Paraná (Sesp-PR) não tinha se manifestado sobre o assunto.

No interior Na Penitenciária Estadual de Cascaval (PEC) e Penitenciária Industrial (PEC), no oeste, e na Penitenciária Estadual de Francisco Beltrão, no sudoeste, os agentes aderiram à paralisação estadual. Nas três unidades, os presos estão sendo mantidos nas celas, já que as atividades escolares e de trabalho foram suspensas. Enquanto durar a mobilização, serão garantidos apenas os serviços básicos como alimentação, de atendimento médico e de comparecimento a audiências no fórum.

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