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Paraná exporta de relógio de ponto a capacete e pedra vesicular de boi

As exportações paranaenses estão concentradas em produtos do complexo soja, carnes, autopeças, automóveis, máquinas, madeira e papel. Mas a pauta de itens enviados ao exterior pelo Estado é bem mais diversificada. A lista inclui produtos como cabelo, expl

Da Redação

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Paraná exporta de relógio de ponto a capacete e pedra vesicular de boi
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Paraná exporta de relógio de ponto a capacete e pedra vesicular de boi
Escrito por Da Redação
Publicado em 03.10.2015, 17:49:00 Editado em 27.04.2020, 19:56:06
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As exportações paranaenses estão concentradas em produtos do complexo soja, carnes, autopeças, automóveis, máquinas, madeira e papel. Mas a pauta de itens enviados ao exterior pelo Estado é bem mais diversificada. A lista inclui produtos como cabelo, explosivos e detonadores, capacetes, bonecos de corda, ceroulas, relógios de ponto e de controle de acesso e cimentos para obturação dentária. 

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Os dados são de um levantamento inédito realizado pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes), com base nos números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. O repertório de exportações inclui, ainda, produtos como rolhas de plástico, equipamentos para tênis de mesa, aparelhos de depilação, pedras preciosas, taxímetros e medidores de percurso, dentre outros. Juntos, de janeiro a agosto de 2015, esses produtos representaram 9,26% das exportações e geraram uma receita de US$ 949,8 milhões. 

De acordo com Julio Suzuki, diretor presidente do Ipardes, o volume de itens exportados é amplo e mostra que o mercado internacional abre oportunidades para todos. “Essas exportações são realizadas, em sua maioria, por pequenas empresas, o que demonstra um potencial grande, principalmente com a cotação do dólar mais alta”, diz Suzuki.

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 DESTINOS - O Paraná vem ampliando os itens de produtos exportados. De janeiro a agosto de 2014 foram 2.845 contabilizados de acordo com a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM). Em 2015, esse número subiu para 2.977 itens. Boa parte desses produtos é exportada em contêineres pelo Porto de Paranaguá e tem destinos variados. O Paraná exporta fios de cabelo para Israel, bonecos para o Paraguai e Portugal, bolas infláveis para o Japão, Guiné, Alemanha e Paraguai. Artigos e equipamentos para tênis de mesa vão para Paraguai e Angola. O Estado também envia ao mercado externo subprodutos da bovinocultura. “Países da Ásia, principalmente o Japão, compram pedras da vesícula do boi, que é considerada afrodisíaca e anticancerígena. O valor pago pelas pedras chega a se equiparar ao do ouro”, diz Luiz Fernando Brondane, coordenador estadual da área de pecuária de corte da Emater. Os cálculos, que aparecem geralmente em animais idosos, vão para outros países onde são moídas e transformadas em cápsulas. O Paraná também exporta o vergalho (pênis do boi cortato e seco), que também é considerado afrodisíaco. DESTAQUES - Nos primeiros oito meses do ano, o Paraná registrou, por exemplo, um aumento de 247% nas vendas de estopins e rastilhos de segurança, cordeis detonantes e detonadores elétricos, para US$ 10,27 milhões. Também tiveram alta (153,7%) as exportações de assentos e tampas plásticos de sanitários, para US$ 9,7 mil, e as vendas de artigos e equipamentos para tênis de mesa (139,2%), para US$ 1,4 mil. As vendas de cimentos para obturação dentária, produto de alto valor agregado, aumentaram em 36%, para US$ 1,4 milhão, nos primeiros oito meses do ano. 

Produtos de nicho e alta tecnologia conquistam mercado externo Muitas exportadores enviam ao exterior produtos de alto valor tecnológico, para nichos de mercado. É o caso da Angelus Produtos Odontológicos, de Londrina, no Norte do Paraná, que exporta produtos odontológicos para 84 países. São mais de 100 produtos de exportação entre, pinus, fibras de vidro, resinas e cimento para obturação dentária, o principal produto da empresa. As vendas externas já representam 50% do faturamento, que deve chegar a R$ 25 milhões em 2015, segundo o presidente e fundador da empresa, Roberto Alcântara. 

“Conseguimos atuar em segmento de nicho em que a inovação é essencial”, diz. O bom resultado nas exportações vem da combinação de investimento em pequisa e desenvolvimento e também de perseverança. “A exportação sempre foi uma estratégia. Mantivemos as vendas externas mesmo quando o câmbio não era favorável e atuávamos praticamente no vermelho” afirma. A Angelus inaugura nesta segunda-feira (5) uma nova fábrica, com investimento de R$ 10,4 milhões. Localizada ao lado da sua atual unidade industrial, no parque tecnológico Francisco Sciarra, a nova fábrica vai produzir brocas. 

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Relógios de ponto, controle de acesso por biometria e leitura de iris Líder de mercado no Brasil, a Henry Equipamentos e Sistemas, de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, exporta relógios de ponto, equipamentos de controle de acesso por biometria e leitura de iris, catracas e torniquetes para América Latina. Os principais mercados são Uruguai, Chile e Bolívia, de acordo com o gerente de negócios internacionais, Daniel Del Conte. “As exportações ainda representam pouco no faturamento da empresa, mas o potencial é grande, porque há uma mudança de cultura. Aos poucos os países estão migrando para os produtos eletrônicos e com mais tecnologia, a exemplo do que já ocorre no Brasil”, afirma. 

Capacetes de proteção para mais de 56 países Com o câmbio mais favorável, as empresas querem ampliar exportações. “Exportar nos dá a chance de evoluir e aprender, porque atuamos em mercados exigentes. Isso nos mantém em um aprimoramento constante”, afirma Marlon Bonillha, diretor presidente da Pro Tork, de Siqueira Campos, no Norte Pioneiro, que fabrica motocicletas e equipamentos. A empresa exporta capacetes de proteção e atua em mais de 56 países, mas principalmente para a América Latina.

No início de novembro, a Pro Tork coloca em operação um laboratório de pré-testes de conformidade para capacetes. O objetivo é adaptar os modelos a legislações de outros países. A empresa tem uma lista de exportações que inclui, ainda, escapamentos, guidões, protetores e botas. “As vendas externas representam 10% do faturamento, mas queremos que essa participação chegue a 15% em até meados de 2016” diz Bonilha. 

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