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Vazamento de dados secretos testa a diplomacia dos EUA

A Casa Branca condenou neste domingo (28) o vazamento de documentos secretos da diplomacia dos Estados Unidos, chamando a ação de "negligente e perigosa”. O Pentágono - que representa o Departamento de Defesa americano - anunciou que já tomou medidas p

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 29.11.2010, 11:05:00 Editado em 27.04.2020, 20:54:36
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A Casa Branca condenou neste domingo (28) o vazamento de documentos secretos da diplomacia dos Estados Unidos, chamando a ação de "negligente e perigosa”. O Pentágono - que representa o Departamento de Defesa americano - anunciou que já tomou medidas para evitar que a "divulgação ilegal" de arquivos volte a ocorrer.

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O Reino Unido já havia se posicionado antes mesmo da publicação dos documentos, ao afirmar que as informações contidas nesse material "podem colocar vidas em risco". De acordo com o jornal espanhol El País, Franco Frattini, ministro das Relações Exteriores da Itália, chegou a declarar que esse "é o 11 de Setembro da diplomacia mundial", em referência à data dos ataques às torres gêmeas nos Estados Unidos. O partido do primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, o Povo da Liberdade, afirmou que esse modo de tratar informações é o novo terrorismo.

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A divulgação de cerca de 250 mil documentos confidenciais foi promovida pelo site WikiLeaks, uma organização dedicada a expor os segredos oficiais, conduzida supostamente por um ex-analista de inteligência que explorou uma brecha de segurança.

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Jornais como El País, o inglês The Guardian, o americano The New York Times, o francês Le Monde, além da revista alemã Der Spiegel, expuseram em suas manchetes dados sobre as relações dos Estados Unidos com outros países.

De acordo com o El País, os documentos revelam dados inéditos sobre os episódios de maior conflito no mundo, mostrando os mecanismos e as fontes da política externa americana e "deixando em evidência suas fraquezas e obsessões".

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Os textos contêm comentários e informes elaborados por funcionários dos EUA, com linguagem franca e até dura em relação a outras nações. O jornal espanhol diz ainda que os documentos revelam entrevistas, atividades de espionagem e expõem com detalhes opiniões e dados levantados por fontes em conversas com embaixadores americanos ou funcionários da diplomacia.

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Boa parte dos documentos data dos últimos anos, mas o conteúdo geral compreende o período de 1966 a 2010. O New York Times informa que, no arquivo, há comunicações entre o governo federal e mais de 270 representações diplomáticas pelo mundo.

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De acordo com a imprensa internacional, na última semana o governo de Barack Obama manteve contato com líderes de países aliados para tentar amortizar o impacto do vazamento de informações em suas relações diplomáticas. A secretária de Estado, Hillary Clinton, ligou na última sexta-feira (26) para dirigentes franceses, afegãos, britânicos e chineses para falar sobre as informações adquiridas pelo WikiLeaks.

Um dos documentos fala sobre uma campanha de inteligência secreta dirigida aos membros da ONU (Organização das Nações Unidas), incluindo o secretário-geral, Ban Ki-moon, e representantes do Conselho de Segurança.

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Os Estados Unidos chegaram a pedir aos seus diplomatas, em 2008, que investigassem a possível presença da Al Qaeda e outros "grupos terroristas" islâmicos na região da tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina, segundo documentos.

Um dos aspectos que mais chama atenção nos documentos do WikiLeaks é a revelação do que pensam os diplomatas, conhecidos pelo tom politicamente correto de suas declarações públicas, sobre os líderes mundiais.

Um dos documentos diz que o Departamento de Estado americano pediu à embaixada em Buenos Aires informações sobre "o estado de saúde mental" da presidente da Argentina, Cristina Kirchner. Em outro texto, um conselheiro presidencial francês, Jean-David Lévitte, diz que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, está "louco" e afirma que até mesmo o Brasil não podia apoiá-lo.

Sobre o primeiro-ministro da Itália, são detalhadas suas "festas selvagens". Os documentos também mostram pouco apreço pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy, personalidade acompanhada de perto pelas autoridades americanas.

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