Por Flávio Ferreira
SÃO PAULO, SP, 27 de maio (Folhapress) - O presidente do PSD e ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab afirmou na noite de hoje que "existe um estado de insegurança no Estado de São Paulo". "O partido [PSD], no momento adequado, vai se posicionar apresentando as suas propostas para a segurança", acrescentou ele.
Segundo Kassab, o Estado precisa de "mais investimentos, mais integração entre a prefeitura, governo estadual e governo federal e mudanças na legislação".
O ex-prefeito e o partido dele usaram a segunda-feira para promover a discussão sobre a questão da segurança pública, tema que tem gerado críticas ao governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB).
Kassab pode ser candidato ao Palácio dos Bandeirantes em 2014 ou seu partido pode fazer uma coalizão contra a chapa tucana no ano que vem, entre outras hipóteses de arranjo político para as próximas eleições.
Em artigo publicado na Folha de S.Paulo, Kassab criticou o governo estadual.
"Impossível não ouvir o grito de socorro que ecoa das pesquisas de opinião contra a violência que assola o cidadão. A última estatística da Secretaria da Segurança de São Paulo confirma: neste ano, o Estado já registrou 1.500 homicídios. Na Grande São Paulo, no mesmo período, houve um aumento de 74% no número de latrocínios", afirmou.
Segundo o texto de Kassab, "o governo do Estado anuncia bônus, promete aumentar o número de policiais, dar força para a Polícia Científica... Mas a verdade é que não se pode improvisar políticas consistentes de segurança".
Foi a segunda vez que o ex-prefeito de São Paulo, potencial candidato ao governo paulista, promoveu debate acerca da segurança pública. No início do ano, a sigla de Kassab convidou especialistas no tema, como o estatístico Túlio Kahn, ex-integrante do governo Alckmin, e o coronel José Vicente da Silva, para tratar das medidas preventivas de inteligência no policiamento.
No evento de hoje, Kassab negou estar potencializando o debate na seara para fustigar o político tucano. Kassab disse ser favorável à redução da maioridade penal para 16 anos. "Se o jovem pode votar, porquê ele não pode ser punido?", indagou o ex-prefeito da capital.
O principal convidado foi o secretário estadual de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame.
Beltrame, sondado pelo PSB para concorrer ao governo fluminense, defendeu uma maior atuação do governo federal nas questões de segurança públicas estaduais.
Escrito por Da Redação
Publicado em 27.05.2013, 23:31:00 Editado em 27.04.2020, 20:29:38
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