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Torturados querem que prédio de órgão de repressão vire museu no Rio

Por Diana Brito RIO DE JANEIRO, RJ, 13 de dezembro (Folhapress) - O movimento Coletivo Rio de Janeiro Memória, Verdade e Justiça lançou hoje uma campanha para transformar prédio do extinto Dops (Departamento de Ordem Política e Social) --um dos princip

Da Redação

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Publicado em 13.12.2013, 15:26:00 Editado em 27.04.2020, 20:21:02
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Por Diana Brito

RIO DE JANEIRO, RJ, 13 de dezembro (Folhapress) - O movimento Coletivo Rio de Janeiro Memória, Verdade e Justiça lançou hoje uma campanha para transformar prédio do extinto Dops (Departamento de Ordem Política e Social) --um dos principais órgãos da repressão no Rio-- em um Espaço de Memória da Resistência.

Hoje completa 45 anos da publicação do decreto do AI-5 (Ato Institucional nº 5), que endureceu o regime militar (1964-1985). A ideia é abrir ao público acervos históricos de torturados durante a ditadura.

Segundo representantes do movimento, o governador Sérgio Cabral (PMDB) se comprometeu a transformar o prédio no espaço cultural ainda este ano, mas um impasse com a Polícia Civil travou as negociações. A corporação alegou ao grupo que pretende criar um museu de arquivos policiais no local. Inaugurado em 1910, o edifício fica na rua da Relação, no centro da capital fluminense. Ele é tombado desde 1987 pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico. Ali aconteceram diversas torturas no período da ditadura militar. A reportagem tentou contato com o governador e com a Polícia Civil, mas não obteve retorno.

"Queremos trazer os casos dessa época à tona para evitar que isso continue acontecendo", disse Ana Buksztyna Miranda, 65, membro fundadora do movimento Coletivo RJ Memória, Verdade e Justiça - que lembrou que em 2014 se completam 50 anos do golpe militar, no dia 1º de abril. Ana Miranda perdeu um rim depois de ser torturada no período.

Mais cedo, ex-presos políticos também entregaram representações ao procurador Antonio Cabral, coordenador do Grupo de Trabalho Justiça de Transição do Ministério Público Federal, sobre violações de direitos humanos de agentes do Estado durante a ditadura. "O intuito é entrar com um processo contra os torturadores e chamá-los a depor na Justiça", afirmou Ana Miranda, no Centro Cultural da Justiça Federal, no centro, onde aconteceu o lançamento da campanha.

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